Da forma como entendo o mundo e as pessoas, vejo que os seres humanos, vivem confinados a uma existência... conflituosa.
Se por um lado algo indefinívelmente concreto (?) instiga os humanos a unir-se, a projectar e a construir em conjunto, a coexistir e a complementrem-se cada um as lacunas do outro... por outro, essa complementariadade, cerceia a possibilidade de cada ser evoluir por si só.
E é neste jogo de forças, do puxa e empurra, que vamos mantendo a dinâmica necessária para que a existência do mundo seja mantida.
Coloca-se então a questão, que é saber se uma força misteriosa ao serviço do mundo, do cosmos, controla e faz uso da energia humana...
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
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21 comentários:
Temos obrigação de SER, antes de tentar qualquer tipo de complementaridade.
Inteiramente de acordo, Dobra.
No entanto, a dependência mantem-se.
Somos animais sociais, de família, ou de grupo, como os cães, por exemplo. E a falta de poder evoluir por si só é o preço a pagar pela protecção e o calor que recebemos. Se há alguma força misteriosa a controlar isso tudo é que eu ainda não sei...
Fazendo nós parte do universo, do cosmos, que funciona num equilíbrio constante e em constante movimento, com a força da gravidade no centro disto tudo, natural seria pensarmos que tudo se explicaria a partir deste dado...
Abraço
Olinda
Somos, é verdade Cristina...
Alguns de nós, quando vistos de prefil, demonstram possuir ainda bem vincados, os traços originais que os relacionam directamente com um animal. Outros, assemelham-se imenso nas características de personalidade e comportamento.
A diferença, é que os animais que designamos por irracionais, quando no seu habitat natural, regem-se por normas muito definidas e concretas, nada comparáveis àquelas pelas quais se regem os outros... os racionais, que manipulam, transgridem, dissimulam, simulam, travestem, etc.
;)
Em ar de brincadeira, apetece-me dizer, Olinda, que o grande problema reside na diferença de velocidade a que cada um de nós gravita em torno desse centro cosmico, e que gera choques permanentes... e por vezes, muitas vezes, com consequências irreparáveis.
;)
Passamos pelo mundo para fazer os outros felizes. diso eu ão tenho nenhuma dúvida. Nem sempre o conseguimos...infelizmente
Pois não, George.
Mas existe uma dinâmica e uma energia que nos compelem a não desistir, mesmo nas situações mais desesperantes.
Bem sei que estão na moda, mas não gosto desse tipo de filmes;)
Porquê ir à procura de uma força misteriosa, quando nós humanos, somos os reais controladores e utilizadores da energia?
...tinha ficado esquecido
É engraçado Interessada, discuto diversas vezes a essência deste poema de Fernando Pessoa, com amigos.
Para mim, a forma como o entendo, ou como processo o conceito deste poema, resume o contexto do "nada", a antítese da moderna objectividade do "tudo".
Acho que Fernando Pessoa, neste poema e de uma forma metaforica e até metafísica, nos quis transmitir a visão de um Cristo inteiramente Humano, integralmente... cada um de nós.
Escolheste um tema que me é particularmente grato. Obrigado!
;)
Achei que o poema tinha a ver com a nossa existência.
Nós somos simultâneamente tudo e nada (ele ri dos reis e dos que não são reis)
Somos simultâneamente o menino que mora em nós e o Cristo pregado na cruz.
E não esquecer que uma simples pedra é tão importante como todo o Universo.
Passei e fui lendo...
não, não vou dizer nada...
tento apenas ser, compreendendo...
energia que dança no ar
no eterno movimento,
misteriosa...juro que compreender, tento!
quem faz uso dela?
o poema de Fernando Pessoa
a linda resposta do momento...
desculpa a ausência
a minha terrivel falta de tempo...e meu lamento!!!
abraço-te e volto outro dia, mesmo que seja só para ler...
e sim...também gostava de muita coisa entender!!!
Haja energia sempre em teu SER!
Este post traz-me a lembrança de mais uma teoria crotanina :) Esta teoria fala-nos da composição da vida, ou melhor de um ser vivo. O ser vivo é espectacular em todos os sentidos, é biologicamente PREFEITO, e há uma das propriedades de um ser vivo que, como muitas outras me fascina, que é a sua composição celular. Bem todas as pessoas sabem que somos compostos por células mas nem todos sabemos que essas células a nível microscópio estão fisicamente separadas por espaço em vazio e que cada uma delas funciona assim como um pequeno individuo com as suas propriedade ,vida e subsistência(apesar de estarem relacionados/ligados por reacções bioquímicas). Ou seja um conjunto micro seres-vivos constituem um ser maior. Isto leva-me a acreditar que o conjunto de seres vivos na terra, (visto como um só) cria um planeta vivo [ser-vivo gigante (segundo a nossa perspectiva)] assim aumentando a escala podemos acreditar que o mesmo acontece com o conjunto de planetas(e aqui a minha compreensão para). Também de realçar é que existe reacções bioquímicas entre todos os seres vivos a face da terra e no restos do universo é uma energia "viva"
Abraço Bartolomeu
Em relação ao Poema de Fernando Pessoa, não vou comentar ou argumentar porque Fernando pessoa já não pode escrever neste blogue, apenas ele contem mais informação do que as linhas escritas no poema. É como os grande quadro de um artista, que depois de serem passados por alguns scans repara-se que o artista criou outras obras de arte na mesma tela, projectos que abandonou, mas que o levaram a obra final. Nada se resume aquilo que é, o que é, é apenas uma pequena parte daquilo que o compõem. Uma parte que eu gosto, "Ele tinhas fugido do ceu. Era nosso de mais para fingir-se da segunda pessoa da trindade"
Oi Crotalus, meu nobre e protentoso Amigo!!!
;)))
A teoria "Crotaliana", é realmente uma confirmação, firmada na conclusão que nunca estará verdadeiramente concluida de que, nós, seres humanos, não somos mais que uma pequena partícula de cosmos. No entanto, dotados de consciência. Consciência essa que vai adquirindo novos contornos, novas características até, conforme lhe vão sendo adicionados novos dados descobertos.
Contudo, uma consciência limitada pelo ambiente tri-dimensional em que os seres se movem.
Ou seja, mais ou menos como uma venda semi-transparente que só nos deixa ver até uma determinada nitidez...
;)))
(Esta é a teoria Bartolomeuneica)
Pois é Crotalus;
Penso que este poema de Fernando Pessoa, como todos os outros, terá conhecido a origem, num acumular de pensamentos e reflexões do poeta.
Afinal, cada um de nós, à sua maneira, tenta "descodificar" o pensamento do outro, por forma a conseguir confirmar os seus próprios.
Imaginar Cristo, o seu pensamento, as suas convicções, a originalidade e a natureza daquilo que pregou, constitui para amaioria de nós um desafio estimulante, o qual não deixa nunca de se fazer acompanhar por uma viágem ao interior de nós mesmo, em busca do conhecimento universal, o qual, penso, passa como Cristo pregou, pelo reconhecimento da igualdade e da fraternidade.
Afinal, todos reconhecemos no mais profundo do nosso íntimo, que deve existir um ponto de origem...
;))
Oh minha Amiga Bailarina... peço-te imensa desculpa, porque saltei a ordem dos comentários.
É com enorme satisfação que te revejo neste espaço de avanços quase parados.
Pois é...o tempo, esse elemento limitador que não encontrámos ainda a forma de contornar, ou de fazer esticar.
;))
Olha eu concordo inteiramente com a Dobra..... primeiro SER...depois não vejo mal algum em encontrar a tal complementaridade.Mas atenção que para mim a complementaridade só faz sentido quando um é o equilíbrio do outro para um edificação de valores... ambos permitem-sem ser quem são mas sempre com o cuidado de dizer : olha lá não achas que estás a ir longe demais?!
Sem dúvida, Ana.
É fundamental que cada um se cumpra, que cada um de nós se reconheça a sipróprio e a partir daí, se reuna, sem sentimentos de inferioridade ou superioridade, somente de igualdade... aquilo que afinal, na realidade, somos.
Agradeço o teu comentário.
;)
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