sexta-feira, 25 de abril de 2008

Shinning On !!!

Numa tarde tão brilhante como hoje,
Confinado a um espaço desta esfera
voam horas, desse tempo que me foge
Suspensão frágil, longa, de uma espera

Sentindo o mundo girar em meu redor
O sabor velho das memórias, das paixões
Recordo o dia, o momento, o ardor
Em que selámos e jurámos ilusões

Revejo os caminhos e atalhos percorridos
Lembro sorrindo, o sabor doce desta vida
Mantem-se ainda nos teus olhos um brilho lindo
Que me encoraja a buscar na paragem, uma partida

domingo, 20 de abril de 2008

Ora favas... grãos...favas... grãos...

Este ano, os sacanas dos coelhos roeram-me as favas todas e, se digo todas, acreditem que não exagero. Todas as vagens têm um grão roído, aquele que está voltado para baixo. Porem, não esta tudo perdido, é! Como devem saber, cada vagem, produz em media, 4 grãos, ou 4 favas se preferirem, o que matemáticamente se traduz do seguinte modo: 4x25 = 100, quer dizer então que às 25 vagens correspondem 100 grãos, ou favas, como desejarem. Ora, se a coelhada "mamou" um grão em cada vagem, quer dizer que às 25 vagens, ficam a faltar 25 grãos, ou seja, em 100 grãos que deveriam produzir as 25 vagens, faltam 25 favas, ou grãos, o que nos leva a avaliar o prejuízo da colheita em 25%. Estas contas estariam certíssimas se um outro factor não fosse tomado em linha de conta. O factor de que falo, tem a ver com a sustentação e equilíbrio das espécies. Antes de eu decidir morar no campo, já existiam coelhos e, desconfio muito que, depois de eu passar a "morar" sob o campo, irão continuar a existir coelhos, uma vez que os danados, se alimentam tambem das favinhas que eu semeio, devo concluir que: para que este equilíbrio perdure, é necessário que faça sempre conta com os coelhos, quando semeio as favinhas. Dirme-ão... ouve lá, óh chouriço... e porque é que não montas umas armadilhas e apanhas uns coelhos?
A verdade, meus queridos e queridas, é que eu prefiro vê-los aos pulinhos em frente à minha janela, enquanto tomo o meu pequeno almoço refastelado à mesa da cozinha. São giríssimos, dão umas corridas completamente alienadas, param, levantam as patitas da frente e coçam-se, olham para todos os lados com as orelhitas espetadas, roem uma erva, ou uma fava, ou uma folha de cove, voltam a dar outra corrida, desaparecem, voltam a aparecer, é uma brincadeira pegada.
Portanto, é razoável que lhes pague estes números acrobáticos, semeando umas favitas a contar com eles... é justo!!!
;))))

terça-feira, 1 de abril de 2008

Hoje estou muito feliz!

Hoje sinto que a felicidade invadiu todo o meu ser.
Hoje, vi-te as cuecas. Brancas, salpicadas de minúsculas flores encarnadas, finas rendas brancas debruavam as costuras sobre os elásticos que as mantêm justas às pernas e à cintura.
Eu subia, tu descias a escada do lar, apesar de lento e agarrado à bengala que me ajuda amanter o equilíbrio, consegui notar a tua apróximação e levantei o olhar na tua direcção.
Foi fugaz a visão das tuas cuecas, o teu passo sempre apressado não permitiu que as admirasse com o vagar que desejava.
Juro, não vi mais que as tuas cuecas, juro. Não posso dizer se as tuas pernas, que imagino divinalmente torneadas, quentes, lá estavam também. Não posso jurar se levavas posta a bata da farda que já confirmei noutras alturas, gostas de usar semi-desabotoada e que perante o meu olhar te faz parecer menina da escola.
Ha uma diferença muito grande de idades entre nós, mas a verdade é que, ou a tua juventude, ou a minha velhice, fazem-me desejar-te com muito ardor.
Recordas-me os anos de vigor e de conquistas já passados ha muito, ver-te faz-me imaginar ainda capaz de satisfazer uma mulher como tu, mas calo-me, não te faço saber o que penso e o que sinto, a sociedade recriminaria o meu acto se o fizesse e decerto seria expulso deste lar.
Hoje estou muito feliz!
Hoje, vi-te as cuecas. Brancas, salpicadas de minúsculas flores encarnadas!!!

Pelo Espaço

Um cósmico vibrar, uma cósmica voz
tocam-me os sentidos, as emoções
Sons, melodias trazidos pelo vento veloz
envolvem-me em mágicos voos, atracções

Ganho asas, ganho distâncias e espaços
Alturas desmedidas no universo
Para te ter rendida nos meus braços
Enquanto risco pelos céus este meu verso

E por fim me entregar em teus abraços
Me perder, encontrar-me nos teus beijos
Sentir-me preso no teu corpo, em enlaços
Sentir que se saciaram nossos desejos