Aquela estrela cadente
Que agora mesmo caíu
Até ha pouco brilhante
O meu olhar atraíu
Era bela, fulgurante
Radiosa de explendor
Desapareceu num instante
Como foi o teu amor
O seu brilho era intenso
E radioso o seu cintilar
Como o teu olhar imenso
Que me fez um dia sonhar
Hoje a estrela apagou-se
Perdeu o céu seu encanto
E o meu mundo tornou-se
Num vago eterno quebranto
quarta-feira, 30 de maio de 2007
segunda-feira, 28 de maio de 2007
Rio louco
Ha um rio que me percorre
Ora calmo, ora alteroso
Fingindo que me socorre
No seu correr caprichoso
Por vezes venço a corrente
Que teima em me levar
Por vezes ela é potente
Impedindo-me de lutar
Neste rio que me invade
E que me faz sentir mar
Ainda encontro acuidade
E o desejo de clamar
De soltar um grito rouco
Que se evada do peito
Que acalme este rio louco
Que lhe imponha respeito
Ora calmo, ora alteroso
Fingindo que me socorre
No seu correr caprichoso
Por vezes venço a corrente
Que teima em me levar
Por vezes ela é potente
Impedindo-me de lutar
Neste rio que me invade
E que me faz sentir mar
Ainda encontro acuidade
E o desejo de clamar
De soltar um grito rouco
Que se evada do peito
Que acalme este rio louco
Que lhe imponha respeito
domingo, 27 de maio de 2007
O beijo
Roubei-te o beijo que tão cuidadosamente guardavas
Não proferi as palavras que ansiosamente esperavas
Mas foram os teus lábios que me mostraram a doçura
E nos teus belos olhos que conheci a ternura
Foram os teus dedos que no meu peito falaram
Foram os meus lábios que no teu corpo sonharam
Foram dois corpos que num só se conheceram
Foram duas almas que sem receios se deram
Roubei-te a inocência que me quizeste entregar
Fiz-te mulher quando o teu corpo foi mar
E o meu foi batel, se perdeu, para depois se encontrar
Naquele desejo sem fim de contigo navegar.
Roubei-te aquele beijo que te fez adormecer
Ofereceste-me o sorriso que me fez sonhar.
Não proferi as palavras que ansiosamente esperavas
Mas foram os teus lábios que me mostraram a doçura
E nos teus belos olhos que conheci a ternura
Foram os teus dedos que no meu peito falaram
Foram os meus lábios que no teu corpo sonharam
Foram dois corpos que num só se conheceram
Foram duas almas que sem receios se deram
Roubei-te a inocência que me quizeste entregar
Fiz-te mulher quando o teu corpo foi mar
E o meu foi batel, se perdeu, para depois se encontrar
Naquele desejo sem fim de contigo navegar.
Roubei-te aquele beijo que te fez adormecer
Ofereceste-me o sorriso que me fez sonhar.
quinta-feira, 24 de maio de 2007
Não sei que título posso colocar
O espaço que nos separa é ficção
Na realidade, só nós existimos
Aquilo que nos parece atracção
É a diferença entre os nossos destinos
Somos o reflexo da nossa imaginação
Imagens reais de um sonho
Projectadas pela visão
Num andamento enfadonho
Dá-me uma razão para existir
Para que me consiga encontrar
Para que não continue a fugir
Dos medos que não sei enfrentar
Olha nos meus olhos, vê o meu coração
Lê-me a vida num abraço
Eu salvo-te dando-te a mão
Tu! Salva-me em teu regaço.
Na realidade, só nós existimos
Aquilo que nos parece atracção
É a diferença entre os nossos destinos
Somos o reflexo da nossa imaginação
Imagens reais de um sonho
Projectadas pela visão
Num andamento enfadonho
Dá-me uma razão para existir
Para que me consiga encontrar
Para que não continue a fugir
Dos medos que não sei enfrentar
Olha nos meus olhos, vê o meu coração
Lê-me a vida num abraço
Eu salvo-te dando-te a mão
Tu! Salva-me em teu regaço.
quarta-feira, 23 de maio de 2007
Enigma
Ora bem, tenho visto nos blog's por onde me passeio alguns desafios. Devo confessar que não consigo participar neles de modo sério que os desafiadores, penso que gostariam, dado que o sentido dos mesmos, inclina-se para o lado do auto-conhecimento, acompanhado de alguma filosofia de vida, se é que esta designação pode corresponder a algo de concreto e que nos caracterize.
Assim, resolvi lançar tambem um desafio, a quem se sentir de alguma forma interessado e sem nada de melhor em que perder o seu precioso tempinho.
:)))
Trata-se este desafio de 2 quadras em código, estando as letrinhas todas organizadinhas se gundo uma ordem constante, lá vai:
UEQDANOOOSLASEGPAAR
MEODUNOOAOÁTVMOTOLAR
MOSIERADISNORSEVÃOOMPONT
UOMONDRSEMAUNCOTO
EEDVNOUOTSDOAER
FDAMORUAQMENADIIFO
NDEOOVEOCAULTESAAR
TNARERVAAAIDEQUIDO
Hãnnn?
Querem uma ajudinha?
pronto eu dou... estão atentos?
três é a divisão verdadeira
o que está adiante é atrás
e todos casam de maneira
que no fim, o futuro verás
Assim, resolvi lançar tambem um desafio, a quem se sentir de alguma forma interessado e sem nada de melhor em que perder o seu precioso tempinho.
:)))
Trata-se este desafio de 2 quadras em código, estando as letrinhas todas organizadinhas se gundo uma ordem constante, lá vai:
UEQDANOOOSLASEGPAAR
MEODUNOOAOÁTVMOTOLAR
MOSIERADISNORSEVÃOOMPONT
UOMONDRSEMAUNCOTO
EEDVNOUOTSDOAER
FDAMORUAQMENADIIFO
NDEOOVEOCAULTESAAR
TNARERVAAAIDEQUIDO
Hãnnn?
Querem uma ajudinha?
pronto eu dou... estão atentos?
três é a divisão verdadeira
o que está adiante é atrás
e todos casam de maneira
que no fim, o futuro verás
domingo, 20 de maio de 2007
Desejo-te
Desejo-te em campos de trigo manso,
A tua pele dourada. Espiga madura.
O teu ondular livre, amplo balanço.
Toda lascívia, pontuada de candura.
Desejo, o ai do teu corpo, da tua alma,
A tontura do teu suspiro infinito.
Ter-te em mim, completa e calma,
Beber em ti o beijo, docemente dito.
Desejo-te, como ao ar que se respira.
Como à água pura, fresca, de nascente .
Intensa, és a musa que me inspira.
Feiticeira, que me ama docemente.
Desejo-te ao luar da noite morna.
Suavemente inebriada de paixão.
Corpo lânguido, ardente de uma forma,
Cujo fogo se lhe desconhece a razão.
Sinto-te plenamente, meu amor.
Avanças pela noite, és presença.
Fica, abraça-me, enche de calor.
Meu corpo, minha alma de criança.
A tua pele dourada. Espiga madura.
O teu ondular livre, amplo balanço.
Toda lascívia, pontuada de candura.
Desejo, o ai do teu corpo, da tua alma,
A tontura do teu suspiro infinito.
Ter-te em mim, completa e calma,
Beber em ti o beijo, docemente dito.
Desejo-te, como ao ar que se respira.
Como à água pura, fresca, de nascente .
Intensa, és a musa que me inspira.
Feiticeira, que me ama docemente.
Desejo-te ao luar da noite morna.
Suavemente inebriada de paixão.
Corpo lânguido, ardente de uma forma,
Cujo fogo se lhe desconhece a razão.
Sinto-te plenamente, meu amor.
Avanças pela noite, és presença.
Fica, abraça-me, enche de calor.
Meu corpo, minha alma de criança.
sexta-feira, 18 de maio de 2007
Busca
São folhas caídas,
este amor que sinto,
mas...não vivo
Por lhe faltar o sentido
São pérolas brilhantes
Que encontro no mar
E não acho na vida,
em quem as colocar
E se tento encontrar
O pescoço ideal, divinal
Sobrepõe-se um mar
De vagas, rochas e sal
Depois, sentado, penso
Naquela imensidão de pureza
Atento no seu peito doce e denso
Atento, na solidão da beleza
este amor que sinto,
mas...não vivo
Por lhe faltar o sentido
São pérolas brilhantes
Que encontro no mar
E não acho na vida,
em quem as colocar
E se tento encontrar
O pescoço ideal, divinal
Sobrepõe-se um mar
De vagas, rochas e sal
Depois, sentado, penso
Naquela imensidão de pureza
Atento no seu peito doce e denso
Atento, na solidão da beleza
sábado, 12 de maio de 2007
Verão
Era Verão...
E tu chegaste esvoaçante,
como uma ave emigrante,
que chega de país distante.
Era Verão...
E eu, qual galante,
insinuei-me vagamente,
perante o teu ar provocante.
Era Verão...
E o teu olhar cintilante,
a tua voz cativante,
o teu cabelo ondulante,
fizeram o meu coração errante,
disparar loucamente, alucinante.
Era Verão...
E o teu andar elegante,
gravou-se no meu, delirante,
E o teu falar empolgante,
geraram aquele amor escaldante.
Foi Verão...
E aquele amor gigante,
desfez-se num instante.
Quando voltaste hesitante,
para o teu país distante.
E tu chegaste esvoaçante,
como uma ave emigrante,
que chega de país distante.
Era Verão...
E eu, qual galante,
insinuei-me vagamente,
perante o teu ar provocante.
Era Verão...
E o teu olhar cintilante,
a tua voz cativante,
o teu cabelo ondulante,
fizeram o meu coração errante,
disparar loucamente, alucinante.
Era Verão...
E o teu andar elegante,
gravou-se no meu, delirante,
E o teu falar empolgante,
geraram aquele amor escaldante.
Foi Verão...
E aquele amor gigante,
desfez-se num instante.
Quando voltaste hesitante,
para o teu país distante.
quinta-feira, 10 de maio de 2007
Tempos
Vivemos tempos em que é destruído o resto daquilo que foi construído.
A desorientação é geral, todos buscamos um caminho. Para nos animarmos nesta busca, criamos imagens irreais que perseguimos, fundamentadas num desejo apoiado em conceitos vãos.
Neste percurso, não deixamos obra que nos dignifique. Queremos ser mais, queremos ser tudo, desejamos possuir tudo, desejamos que tudo esteja submetido ao nosso querer.
Nestes tempos, desqualificam-se conceitos morais, sociais e humanos. Tudo sob uma capa de indiferença, porque nada diferente parece poder ser feito. É o ritmo alucinante que uma sociedade consumista se habituou a viver e para o qual não está a conseguir encontrar alternativa.
Na nossa capacidade limitada de visão, não nos é possível alcançar mais adiante, nem projectar para o futuro, o hoje está diáriamente mais difícil.
Nestes tempos, o objectivo de vida é possuir, mas possuir bens, não, valores, possuir objectos com uma vida útil limitada. Essa avidez pelo consumo gera uma crescente vontade de possuir para marcar a diferença.
Nestes tempos vive-se do faz-de-conta e do conceito de ilustre desconhecido, que imediatamente é tomado como um ícone social, pela marca de adereços que ostenta, pelos locais que frequenta, pelos circulos sociais em que se insere.
Quando são estes os valores que perdominam e que servem como tábua de mandamentos de uma sociedade, é certo que se vivem tempos de mudança.
A desorientação é geral, todos buscamos um caminho. Para nos animarmos nesta busca, criamos imagens irreais que perseguimos, fundamentadas num desejo apoiado em conceitos vãos.
Neste percurso, não deixamos obra que nos dignifique. Queremos ser mais, queremos ser tudo, desejamos possuir tudo, desejamos que tudo esteja submetido ao nosso querer.
Nestes tempos, desqualificam-se conceitos morais, sociais e humanos. Tudo sob uma capa de indiferença, porque nada diferente parece poder ser feito. É o ritmo alucinante que uma sociedade consumista se habituou a viver e para o qual não está a conseguir encontrar alternativa.
Na nossa capacidade limitada de visão, não nos é possível alcançar mais adiante, nem projectar para o futuro, o hoje está diáriamente mais difícil.
Nestes tempos, o objectivo de vida é possuir, mas possuir bens, não, valores, possuir objectos com uma vida útil limitada. Essa avidez pelo consumo gera uma crescente vontade de possuir para marcar a diferença.
Nestes tempos vive-se do faz-de-conta e do conceito de ilustre desconhecido, que imediatamente é tomado como um ícone social, pela marca de adereços que ostenta, pelos locais que frequenta, pelos circulos sociais em que se insere.
Quando são estes os valores que perdominam e que servem como tábua de mandamentos de uma sociedade, é certo que se vivem tempos de mudança.
terça-feira, 8 de maio de 2007
Imagens
Escuto os choros do mundo.
Olho os corpos dos famintos,
dos doentes que lá do fundo,
me dirigem um olhar triste,
rogando uns nada já extintos,
sobras daquilo que não existe.
Choro com eles em silêncio,
reconheço-me na sua verdade.
Na pobreza que presencio.
Busco um tudo necessário,
que seja mais que bondade,
que ultrapasse o simples dar.
Algo de muito extraordinário.
Busco-lhes o ressuscitar.
De tão desumanas e chocantes,
Duvido cinicamente das notícias,
Da verdade inventada pelos homens.
A crueza das imagens distantes.
Da dor alheia que fere, lancinante,
O peito dos que a suportam.
Mas a quem só as palavras não confortam.
Impele-os uma força natural. Adiante!
E marcham, como formigas...
Carregando a culpa da existência... ultrajante.
Olho os corpos dos famintos,
dos doentes que lá do fundo,
me dirigem um olhar triste,
rogando uns nada já extintos,
sobras daquilo que não existe.
Choro com eles em silêncio,
reconheço-me na sua verdade.
Na pobreza que presencio.
Busco um tudo necessário,
que seja mais que bondade,
que ultrapasse o simples dar.
Algo de muito extraordinário.
Busco-lhes o ressuscitar.
De tão desumanas e chocantes,
Duvido cinicamente das notícias,
Da verdade inventada pelos homens.
A crueza das imagens distantes.
Da dor alheia que fere, lancinante,
O peito dos que a suportam.
Mas a quem só as palavras não confortam.
Impele-os uma força natural. Adiante!
E marcham, como formigas...
Carregando a culpa da existência... ultrajante.
quinta-feira, 3 de maio de 2007
Caminhando
Vou caminhando, sentindo o sol nas minhas costas. Fixo o olhar no horizonte, inebrio-me na lonjura da distância. Não busco por sinais, nem por respostas, vou simplesmente percorrendo o espaço. Não determino um tempo para chegar, não programei o tempo de partida. Não baixo, nem elevo a linha do olhar, não determino um ponto fixo no horizonte, não reconheço a fadiga dos meus passos. Vou andando, na esperança de sentir a passagem deste para um novo tempo.
terça-feira, 1 de maio de 2007
A culpa
-A culpa é tua...!
-Não. A ulpa é tua!
-Desculpa, a culpa é tua!
-Pediste-me desculpa, porque admites ser o culpado?
-Não, pedi desculpa pela insistência da minha afirmação.
-Mas admites que a culpa é tua?
-Não. Já disse que a culpa é tua!
-Irra! Com mil demónios. A culpa é tua!
-Volto a afirmar. A culpa é exclusiva e inteiramente tua!
-Estou a perder a paciência. Disse e repito; a... culpa... é... tua!
-Mas como é que podes afirmar que a culpa é minha?
-Obviamente, porque é lógico que assim seja. A culpa é tua!
-Vamos raciocinar; afinal, de que se culpado?
-Daquilo que estás a pretender culpar-me.
-Que é concretamente o quê?
-É...
-Não. A ulpa é tua!
-Desculpa, a culpa é tua!
-Pediste-me desculpa, porque admites ser o culpado?
-Não, pedi desculpa pela insistência da minha afirmação.
-Mas admites que a culpa é tua?
-Não. Já disse que a culpa é tua!
-Irra! Com mil demónios. A culpa é tua!
-Volto a afirmar. A culpa é exclusiva e inteiramente tua!
-Estou a perder a paciência. Disse e repito; a... culpa... é... tua!
-Mas como é que podes afirmar que a culpa é minha?
-Obviamente, porque é lógico que assim seja. A culpa é tua!
-Vamos raciocinar; afinal, de que se culpado?
-Daquilo que estás a pretender culpar-me.
-Que é concretamente o quê?
-É...
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