Por vezes chovem-me os olhos.
Alagam-se numa chuva persistente.
Se passo de novo em caminhos velhos,
Quando olho nos olhos da gente.
Chovem-me os olhos, e por vezes.
Invade-me o peito uma nostalgia.
Se por mim passam as almas, leves.
De certos seres que conheci um dia.
Mas chovem-me os olhos, também.
Quando falo com alguém,
Que na vida venceu a dor.
E encontrou a alegria, numa lágrima de amor.
Chovem-me os olhos à noitinha,
N'uma chuva miudinha.
Por vezes, também pungente,
Sempre que recordo outra gente.
A gente do meu crescer;
A que me ensinou a falar.
A que me pegou, ao nascer;
A que me ajudou a andar.
Chovem-me os olhos, de saudade.
E também, de gratidão.
Chovem, quase sem razão.
Ou chovem, por cumplicidade.
quarta-feira, 22 de agosto de 2012
sexta-feira, 17 de agosto de 2012
Nos braços do vento.
Vai, levado pelo vento,
pensamento;
Não pares um minuto
ou um momento.
Goza a vertigem, e o
passo lento.
Escuta, o Mundo e o
seu lamento.
Rodopia, corre, perde
o tento;
Mas não percas o vento;
Não esqueças o lamento;
Nem de viver o momento,
Transportado,
nos braços do vento.
pensamento;
Não pares um minuto
ou um momento.
Goza a vertigem, e o
passo lento.
Escuta, o Mundo e o
seu lamento.
Rodopia, corre, perde
o tento;
Mas não percas o vento;
Não esqueças o lamento;
Nem de viver o momento,
Transportado,
nos braços do vento.
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