sábado, 23 de fevereiro de 2008

Olá meus queridos amigos!!!!!!

Olá meus queridos amigos!!!!!!
Este é um post que não é um post, na medida em que pretende unicamente ser notícia de mim.
;))))
A vossa simpatia e amizade não tem obtido da minha parte a atenção devida e a devida correspondência.
Porém, preciso que saibam, que se mantêem no meu pensamento e, que não tenho escrito nem comentado, sobretudo porque das minhas ocupações profissionais não me tem restado tempo.
Até meio do próximo mês, vou continuar nesta azáfama, depois e, sobretudo depois de arrumar as ideias e de me voltar a poder concentrar, voltarei ao vosso convívio.
Até lá, recebam de mim beijos imensos, tanto os machos como as fêmias.
Não, não virei bicha... hãn?
Eu explico...
Esive recentemente num país do médio oriente e assisti a ao costume daquelas gentes (homens), que se beijam quando se encontram, tal como nós, apertamos o bacalhau.
Ora, nessa altura o vosso amigo Bartolomeu, cogitou consigo mesmo... espera lá... se estes marmajos que dão o corpinho ao manifesto no sofisma do paraíso, onde os aguardam 1000 virgens (todas fêmias) e se cumprimentam de beijinho... então é porque não são menos machos que eu e o meu vizinho Carvalho que até se baba quando vamos na rua e passa por nós uma fêvera a quem ele dispara de imediato... "até te chupava as unhinhas dos pés".
Portanto minhas e meus amigos, a partir de agora estão abulidos os preconceitos, iniciei uma campanha pelo beijo... indiscriminadamente.
lololololollolol
Beijões para todos!!!!!!!!!!!

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Bartô & Amélie

Amélia... Amélia...!
Ainda um pouco ofegante, cheguei perto de Amélia que se mantinha estática de frente para o mar e para aquele luar imenso que tornava a sua silhueta mais brilhante e enigmática.
-Consegues imaginar onde nos encontramos, Bartolomeu?
Com o olhar perdido no infinito, Amélia lançou-me esta interrogação.
- Cabo da Roca, suponho, estarei enganado?
- No tempo em que nos encontramos, ainda não ganhou esse nome, virá a chamar-se assim, daqui a alguns séculos...
-Séculos?... mas então, em que época nos encontramos?... ou seja, em que ano estamos? que data é hoje?
- Hoje não tem data Bartolomeu, hoje não existe ainda, encontramo-nos antes do início dos tempos de que tu tens conhecimento.
- Ah pronto, assim já nos começamos a entender! O que me estás a dizer concretamente, é que morri, e estou algures, esperando uma passagem para outro algures, é isso?
- Não sejas palerma Bartolomeu! O facto de até aqui teres aprendido a reger a tua vida por um calendário repleto de datas e de acontecimentos situados ereméticamente nessas datas, não é de modo nenhum a confirmação de que outro tempo não exista, inclusivamente, paralelamente ao outro.
-Ah sim, a tal questão de Einstein, da relatividade e do paralelismo, ok! Então diz-me lá uma coizinha só, Amélinha do meu coração... qual dos dois tempos é que existe na verdade?
- Não gozes Bartolomeu, ambos os tempos existem paralelamente, a questão é que, não consegues ter consciência de ambos em simultâneo, entendes? Aliás, esse senhor que referiste, ensinou-te isso, quando te enunciou as teorias da quântica.
-Xacáver Amélia, queres dizer então que neste momento, me encontro preso num determinado hiato de tempo, apesar de o tempo que serve de referência à minha existência consciente estar a decorrer em simultâneo, é isso?
-Hmmm, não se trata propriamente de um hiato, mas para que possas perceber melhor, digamos que sim.
-Ah, muito bem, e é a ti que fico a dever tamanho prodígio?
-Vê se entendes de uma vez Bartolomeu, nada daquilo que estás a viver se fica a dever à minha vontade, mas sim e somente à tua. Quando formulaste o teu desejo na noite de ano novo.
-Sabes querida Amélia? Já estou fartérrimo de formular desejos, tanto em ocasiões vulgares, como em especiais e somente esta se foi concretizar, isto é que eu chamo de sorte hein...
-Pois meu querido, mas como te disse, nesta questão, sirvo somente de intermediária num processo.
-E... quando é que toda esta história irá terminar?
Amélia fingiu que não escutou a minha pergunta e, após alguns momentos, voltou-se na minha direcção e, exibindo novamente o seu sorriso encantador, perguntou-me...
-Conheces a lenda que está ligada ao Cabo da Roca, Bartolomeu?
-Lenda? Nem sabia que neste tempo em que estamos, já tinham inventado as lendas.
-Deixa de gozar Bartolomeu e, se aceitas um conselho, aproveita esta experiência extraordinária que muitíssimo poucos mortais tiveram ainda oportunidade de viver.
-Ok Amélia, venha então de lá essa tal lenda.
Amélia aproximou-se e depositou nos meus lábios um beijo apaziguador, iniciando a narrativa da lenda.
- Esta lenda irá ocorrer num tempo posterior àquele em que nos encontramos, mas muito anterior àquele de onde vieste. Irá passar-se neste preciso lugar e, passar-se-ha do seguinte modo... num pequeno lugar próximo deste, irão morar um menino de 5 anos e sua mãe. Certo dia a criança desaparecerá e a sua mãe procurá-lo-a em vão por todos os cantos da aldeia. Uns dias após o seu desaparecimento, uns pastores que irão passar por este local, ouvirão, vindo de um fundo buraco na rocha, o choro de uma criança. Alarmados, irão ver e perceberão tratar-se da criança desaparecida. Correrão imediatamente até ao lugar e avisarão a mãe desesperada e os restantes habitantes. Imediatamente correrão todos ao local e, conseguirão retirar o menino do buraco. Abraçada ao seu filho, soluçando de alegria, a mãe desesperada, ouvi-lo-à relatar o acontecido. Umas mulheres, haviam-no levado pelos ares e deitado naquele buraco. Porém logo depois, aprecera uma senhora muito linda e luminosa que o tinha acalmado e todos os dias lhe levava uma sopinha de rosas, com que se tinha mantido todo aquele tempo. Perante tanta alegria e contentamento, decidirão, mãe e aldeãos, seguir em romaria como forma de agradecimento à capelinha de Nossa Senhora. Logo que entrarem no templo e o menino vir a imagem de Nossa Senhora, exclamará... Mãe, foi aquela a Senhora que todos os dias me levou a sopinha!!!
Vês Bartolomeu, como é possível que dois tempos diferentes coexistam?

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

À Atenção de Lady Papoila

Á minha frente, banhada pela refulgente luz da lua, Amélia mantinha-se inalcançável. Sempre que incitava o meu cavalo a galopar mais rápido, na tentativa de alcançar a égua de Amélia, ela tambem aumentava a velocidade, mantendo inalterável a distância que nos separava.
Cerca de meia hora depois de termos iniciado a suave cavalgada, que em alguns momentos atingíu velocidades vertiginosas, percebi, vindo do lado esquerdo do caminho, o rumor do mar e o ruído de ondas rebentando. Percebi que não nos encontraríamos distantes da orla marítima, segundo o meu sentido de orientação só poderia tratar-se do mar do Guincho.
Tentei de novo alcançar Amélia, sem sucesso. Pretendia certificar-me do local por onde passávamos. Poucas centenas de metros mais à frente, deparei-me finalmente com a imensidão do mar, enquanto à minha frente se estendia o vulto magestoso daquela que não poderia deixar de ser a Serra de Sintra.
Porém, algo extraordinário acontecia. À distância a que nos encontrávamos do mar, deveríamos estar sobre a estrada que liga Cascais ao Guincho e depois à Malveira, mas não, não se distinguia, próximo ou distante qualquer sinal da mesma.
Decidi então chamar por Amélia, na tentativa de que abrandasse o galope e me premitisse apróximar. Apesar da noite serena, sem vento e do silência absoluto que reinava no local, só ligeiramente alterado pelo contacto dos cascos de ambos os cavalos com a areia do caminho, Amélia não deu sinais de me ouvir.
Insisti, uma e outra vez, cheguei a gritar o nome da Amélia sem conseguir obter dela qualquer sinal de me escutar, mantendo o mesmo rítmo de galope, continuando na direcção que tomara no início do galope.
Mais meia hora volvida e, começámos a subir a vertente da serra que descai para o mar. Até aquele momento e durante todo o percurso, para alem da ausência de estrada, notei ainda a completa ausência de qualquer tipo de construcção ou, e de iluminação. Nem habitações, nem os conhecidos restaurantes que se estendem ao longo da estrada do Guincho, tão pouco as esporádicas moradias no meio da mata, nada se conseguia distinguir. A surpreza ganhou maior dimensão, quando ao passarmos no local onde deveríamos encontrar a povoação da Malveira, nada se via que me deixasse suspeitar da existência de qualquer ser humano. Continuámos Serra acima sem que as nossas montadas demonstrassem qualquer sinal de cançasso e, cerca de uma hora depois, subindo sempre pela encosta, atingimos um ponto que identifiquei como sendo o Cabo da Roca. Foi aí que Amélia deteve a sua montada, fazendo com que a sua égua levantasse as mãos, apoiando-se somente nas patas trazeiras, enquanto soltava um longo relincho, que ecoou pelo vasto espaço descampado, como brado de fera mitológica como que tentando desafiar as forças ocultas da natureza.
Amélia apeou-se e, deixando a sua égua em plena liberdade, dirigiu-se para a orla que dava para o abismo rochoso, sobre o mar que lá no fundo bramia e se desfazia em alva espuma contra os rochedos.
Apeei-me tambem e aproximei-me de Amélia.