Este poema é dedicado a uma amiga, que, passados anos, sente ainda o apelo daquela Angola longínqua, onde cresceu e onde deixou amigos de infância que em todos os momentos, lhe invadem de suadades os sentidos.
Eu sei que querias voar
ganhar asas, liberdade
Para à tua terra voltar,
tentar entender a verdade
Eu sei que ainda sonhas
Encontrar velhos amigos
Perguntar-lhe pelas vidas
Conhecer-lhe os destinos
Eu sei que sentes ainda
na pele, aquele calor tropical
Nos olhos a paisagem linda
Que te deu esse ar jovial
Mas aquela terra que amas
Que te viu tornares-te mulher
Quis soltar-se, ganhar asas
Quis tambem poder crescer
E são assim, minha amiga
As voltas que o mundo dá
É esse sonho que te liga
Ás memórias que guardas de lá
(neste poema, obvío títulos académicos e regras específicas de tratamento social, este poema, é uma conversa de almas)
quinta-feira, 30 de agosto de 2007
segunda-feira, 27 de agosto de 2007
Sonhos de um Bartolomeu
Esta noite eu sonhei
que o meu país era lá
numa terra que não sei
e num lugar que não ha
Esta noite eu sonhei
com a gente do meu país
De onde vêem não sei
nem qual é a sua raíz
Esta noite eu sonhei
com o meu país cumprido
Num lugar que eu não sei
no meu coração tão querido
Esta noite eu sonhei
com a minha gente unida
Numa terra que não sei
de grandes vontades ungida
Esta noite vou sonhar
com o canto lusitano
Entoado sobre o mar
por este povo que eu amo
que o meu país era lá
numa terra que não sei
e num lugar que não ha
Esta noite eu sonhei
com a gente do meu país
De onde vêem não sei
nem qual é a sua raíz
Esta noite eu sonhei
com o meu país cumprido
Num lugar que eu não sei
no meu coração tão querido
Esta noite eu sonhei
com a minha gente unida
Numa terra que não sei
de grandes vontades ungida
Esta noite vou sonhar
com o canto lusitano
Entoado sobre o mar
por este povo que eu amo
terça-feira, 21 de agosto de 2007
Sou... Sou? Secalhar sou, sei lá!
Sou um pedaço de nada
perdido na praia do tempo
Sou uma noite acabada
Sou um longinquo lamento
Sou a pedra abandonada
Sou o caminho esquecido
Sou a cantiga cantada
Sou um leito adormecido
Fui, a razão encantada
que um dia nos selou
Sou, a razão acabada
Daquilo que nos separou
Já não espero que regresses
que pises de novo este chão
Já esqueci todas as preces
E o calor dessa paixão
Ah, como queria não ser eu
nem ser tu... amor meu
Ser simplesmente um véu
Esvoaçando, sem rumo, pelo céu
perdido na praia do tempo
Sou uma noite acabada
Sou um longinquo lamento
Sou a pedra abandonada
Sou o caminho esquecido
Sou a cantiga cantada
Sou um leito adormecido
Fui, a razão encantada
que um dia nos selou
Sou, a razão acabada
Daquilo que nos separou
Já não espero que regresses
que pises de novo este chão
Já esqueci todas as preces
E o calor dessa paixão
Ah, como queria não ser eu
nem ser tu... amor meu
Ser simplesmente um véu
Esvoaçando, sem rumo, pelo céu
terça-feira, 14 de agosto de 2007
Será...
Será de fera ou de fogo
esse grito louco que me fere
e não consigo conter?
Será de pedra ou de ferro
esse muro que me prende
e que não consigo erguer?
Será de nada ou de tudo
este desejo fervente
que não me deixa mover?
Será de hoje ou amanhã
esta vida latente
que me obriga a viver?
Será a força pungente
que obriga o universo a girar
que empurra toda a gente
e que me impele a gritar?
esse grito louco que me fere
e não consigo conter?
Será de pedra ou de ferro
esse muro que me prende
e que não consigo erguer?
Será de nada ou de tudo
este desejo fervente
que não me deixa mover?
Será de hoje ou amanhã
esta vida latente
que me obriga a viver?
Será a força pungente
que obriga o universo a girar
que empurra toda a gente
e que me impele a gritar?
segunda-feira, 13 de agosto de 2007
Pensamentaduras
Ah... hoje eu quero sentir
as ideias a incendiar
Hoje não lhes vou resistir
E vou deixa-las aflorar
Ah... hoje eu quero ser mais
Quero ser tudo aquilo que não sou
Vou soltar a franga p'los madrigais
Libertar o poema que me abrasou
Hoje vou ser poeta, ou algo assim
Vou cantar o amor o desejo a paixão
Ireis ficar a conhecer algo de mim
Que não tem a ver com senso ou razão
Ireis conhecer o lado secreto da minha alma
A inquietude dos pensares que m'atormentam
Aquilo que me transforma a raiva em calma
Os desejos que me seguram e me tentam
Mas... é evidente e certo que não quereis
Conhecer nada daquilo que escrevi
E todas estas frases , com um sorriso abalroareis
Meio incredulos... terá sido mesmo isto que eu li?
(Ha dias que me assalta uma parvoíce incontrolável)
as ideias a incendiar
Hoje não lhes vou resistir
E vou deixa-las aflorar
Ah... hoje eu quero ser mais
Quero ser tudo aquilo que não sou
Vou soltar a franga p'los madrigais
Libertar o poema que me abrasou
Hoje vou ser poeta, ou algo assim
Vou cantar o amor o desejo a paixão
Ireis ficar a conhecer algo de mim
Que não tem a ver com senso ou razão
Ireis conhecer o lado secreto da minha alma
A inquietude dos pensares que m'atormentam
Aquilo que me transforma a raiva em calma
Os desejos que me seguram e me tentam
Mas... é evidente e certo que não quereis
Conhecer nada daquilo que escrevi
E todas estas frases , com um sorriso abalroareis
Meio incredulos... terá sido mesmo isto que eu li?
(Ha dias que me assalta uma parvoíce incontrolável)
terça-feira, 7 de agosto de 2007
Se Um Dia...
Um dia... se ao passar por ti, não te cumprimentar, perdoa a minha cegueira.
É que as lágrimas de saudade, vertidas desde que partiste, secaram o meu olhar. O rio que deles brotou ininterrupto chorando a tua ausência, afundou-se num vale profundo, entre montanhas de desespero.
A luz que os iluminava, aos poucos envolveu-se de um cinzento nebuloso, gélido, tornaram-se farois apagados, guardiões de portos esquecidos, onde já não chegam naus.
Se um dia... ao passar por ti, o meu corpo não estremecer de desejo, se os meus lábios não se afastarem de espanto e os meus braços não se abrirem com vontade de te envolver, perdoa o meu torpor.
É que este corpo morreu desde que partiste, calaram-se para sempre estes lábios, penderam eternamente estes braços, cançados de tanto esparar pelos teus.
Se um dia... passares por mim e reconheceres uma derradeira lágrima tombada na minha mão, sorri-te em memória de uma paixão.
É que as lágrimas de saudade, vertidas desde que partiste, secaram o meu olhar. O rio que deles brotou ininterrupto chorando a tua ausência, afundou-se num vale profundo, entre montanhas de desespero.
A luz que os iluminava, aos poucos envolveu-se de um cinzento nebuloso, gélido, tornaram-se farois apagados, guardiões de portos esquecidos, onde já não chegam naus.
Se um dia... ao passar por ti, o meu corpo não estremecer de desejo, se os meus lábios não se afastarem de espanto e os meus braços não se abrirem com vontade de te envolver, perdoa o meu torpor.
É que este corpo morreu desde que partiste, calaram-se para sempre estes lábios, penderam eternamente estes braços, cançados de tanto esparar pelos teus.
Se um dia... passares por mim e reconheceres uma derradeira lágrima tombada na minha mão, sorri-te em memória de uma paixão.
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