Hoje vou, onde o vento me levar
Vou deixar que ele me pegue
E que me leve... leve... leve
Que me leve, muito leve, pelo ar
E se o vento me quiser perder
Numa qualquer curva de monte
Que me perca, se quiser
Ou então que me deixe junto à fonte
Essa fonte cristalina que é teu olhar
Onde vou cada dia refrescar
Os meus lábios, os sentidos
Onde vou cada dia escutar os teus gemidos
E se tu te quiseres deixar levar
Peço ao vento para te juntar
A mim. E leves, leves, pelo ar
Partiremos abraçados a sonhar
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
sábado, 20 de fevereiro de 2010
Tu...
Soaste-me nua na curva de um grito
Rouca, forte, expressão intemporal
Deusa poderosa em altar bendito
Arrastando o leito bravo do temporal
E... assim ficaste meia louca
Passando por mim sem me conhecer
Rasgando o peito, cerrando a boca
Perdendo a noite, no amanhecer
Amantes vagos visitam-te o corpo
Bailam-te vazios de nada e de ser
Pedem-te caprichos e sonhos vãos
Estendes-lhes as mãos... um copo
Lês-lhes nos olhos o desejo a arder
Seguras o tempo, buscando a razão
E dás-te a eles, sem te conhecer
Rouca, forte, expressão intemporal
Deusa poderosa em altar bendito
Arrastando o leito bravo do temporal
E... assim ficaste meia louca
Passando por mim sem me conhecer
Rasgando o peito, cerrando a boca
Perdendo a noite, no amanhecer
Amantes vagos visitam-te o corpo
Bailam-te vazios de nada e de ser
Pedem-te caprichos e sonhos vãos
Estendes-lhes as mãos... um copo
Lês-lhes nos olhos o desejo a arder
Seguras o tempo, buscando a razão
E dás-te a eles, sem te conhecer
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
Escrevo com aparo...
Alguem que me conhece e sabe que gosto muito de canetas de tinta permanente, ofereceu-me este fim-de-semana, quatro.
São reedições de modelos clássicos dos anos cinquenta. Réplicas quase perfeitas, no corpo, no "clip", na decoração, nos pormenores do aparo. Diferem na forma do enchimento. Todas elas, adoptam o sistema descartável das recargas de encaixe rápido.
Escrever com aparo, é um exercício que exige alguma destreza, arte e... tempo.
Apesar de manter guardadas algumas canetas de tinta permanente que fui adquirindo, não as usava com frequência. Lembro-me que após o exame da quarta classe, entrei abruptamente na era das "bic", amarelas, tampa azul que, como tantos outros, tinha o habito de mordiscar. Não nego que estas velhinhas esferográficas, possibilitávam uma escrita rápida... descomprometida com os preceitos caligráficos, bastante diferente da ritual escrita a caneta de aparo.
Essa, era linda, mais calma, cuidada, com o seu quê, um razoável quê de introspectiva, criativa, até.
Hoje, reaprendo a escrever com caneta de aparo e decidi... vou abandonar definitivamente a esferográfica.
Contudo, não vou abandoná-la assim do pé para a mão, sem antes lhe dedicar algumas palavras de apreço, de carinho... pronto... de agradecimento, apesar de, já não ser actualmente a velhinha "bic" que preenchia o espaço entre o meu polegar e indicador direitos, apoiada no "pai-de-todos".
Não!
Últimamente, utilizava uma ergonómica "uni-ball" Blue Cristal 0.7, que me proporcionáva uma forma suave e confortável de escrita, não me queixo.
Mas hoje decidi: vou voltar à tradicional escrita com aparo, vou ter de voltar a exercitar a agilidade do punho.
Exactamente, do punho... ah não sabiam?!
Mas é assim mesmo... quando se escreve com aparo, não se apoia a mão!
Pois... aí é que reside a dificuldade e a "arte"... é tudo feito a pulso!
;))))
São reedições de modelos clássicos dos anos cinquenta. Réplicas quase perfeitas, no corpo, no "clip", na decoração, nos pormenores do aparo. Diferem na forma do enchimento. Todas elas, adoptam o sistema descartável das recargas de encaixe rápido.
Escrever com aparo, é um exercício que exige alguma destreza, arte e... tempo.
Apesar de manter guardadas algumas canetas de tinta permanente que fui adquirindo, não as usava com frequência. Lembro-me que após o exame da quarta classe, entrei abruptamente na era das "bic", amarelas, tampa azul que, como tantos outros, tinha o habito de mordiscar. Não nego que estas velhinhas esferográficas, possibilitávam uma escrita rápida... descomprometida com os preceitos caligráficos, bastante diferente da ritual escrita a caneta de aparo.
Essa, era linda, mais calma, cuidada, com o seu quê, um razoável quê de introspectiva, criativa, até.
Hoje, reaprendo a escrever com caneta de aparo e decidi... vou abandonar definitivamente a esferográfica.
Contudo, não vou abandoná-la assim do pé para a mão, sem antes lhe dedicar algumas palavras de apreço, de carinho... pronto... de agradecimento, apesar de, já não ser actualmente a velhinha "bic" que preenchia o espaço entre o meu polegar e indicador direitos, apoiada no "pai-de-todos".
Não!
Últimamente, utilizava uma ergonómica "uni-ball" Blue Cristal 0.7, que me proporcionáva uma forma suave e confortável de escrita, não me queixo.
Mas hoje decidi: vou voltar à tradicional escrita com aparo, vou ter de voltar a exercitar a agilidade do punho.
Exactamente, do punho... ah não sabiam?!
Mas é assim mesmo... quando se escreve com aparo, não se apoia a mão!
Pois... aí é que reside a dificuldade e a "arte"... é tudo feito a pulso!
;))))
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
Sei, logo... busco o saber
Compreendo mal porque procuro conhecer, sempre para além daquilo que já conheço, considerando já conhecer tudo.
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