sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Suor...



Roubei o suor a um homem morto.

Fascinou-me o brilho de pérolas na sua fronte.

E pensei, se aquele seria o maior tesouro do mundo...

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Eternamente...


Se vivesse 10.000 anos...
Não andaria todos os caminhos...
Não veria todas as cores...
Não ouviria todos os sons...
Não provaria todos os frutos...
Não tocaria todas as árvores...
Não cheiraria todas as flores...
Não daria todos os abraços!!!

Dedicado ao meu maior amigo, "Crotalus".

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Sou Uma Ilha (Ai Éme An Ailande... Énd a Roque Quén Fil Nau Péin... Énd Anailande Névar Crai)


Rodeia-me um mar imenso,
Cor de azul, intenso.
Uma vastidão. Profundo!
Rodeia-me o mundo
E o que penso.
A cima, um céu a que pertenço!

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

O Ser eo Tempo


Fundem-se o tempo e o ser,

Numa corrida parada.

Pensando o ser que, a correr

Chega mais depressa do nada.


Encerra-se o ser, no tempo

Na angústia desesperada

Numa ilusão, sem tento

De uma existência esgotada


Deseja o ser, outro tempo

Movido pela vontade sonhada

Mas vai guardando o alento

De uma fuga adiada

sábado, 13 de novembro de 2010

Quark


Eu, sou um átomo...

Para todos e cada um que olho,

Vejo um átomo, vejo átomos.

Vejo grupos de átomos,

Famílias de átomos, classes de átomos.

É certo que cada uma destas famílias,

Classes...

Formam no seu conjunto,

Partículas elementares,

As quais... constituem, outros átomos.

Resumindo;

Eu, não sou um átomo...

Todos os que me rodeiam, não são átomos!

Somos partículas fundamentais...

Construímos todas as outras partículas

E não somos compostas de partículas menores!

Mas...

Para o universo, somos quarks.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

O Eu da Alma


Sentado na poltrona da sala,
Observo o mundo lá fora.
Ao fundo, os três moinhos.
Em volta, o vento não se cala,
E leva-me na mesma hora,
Pelo mundo e seus caminhos.

Serpenteia o rio, lá ao fundo,
Verdejam os montes em redor.
A gente, lá vai na sua lida,
Espalhada, ocupando o mundo,
Cultivando a terra com amor.
Cada um, cumprindo a sua vida.

O sol, já aquece a terra húmida,
Rega do orvalho da madrugada.
Exalta os sentidos, as vontades.
Solta dos seres, a energia contida.
Faz trinar os cantos da passarada.
Anima os corpos, lava-os de maldades.

Aqui, da poltrona da minha sala,
Olho as nuvens que correm pelo céu.
Olho o espaço infinito, o horizonte.
Escuto o vento à volta, que não se cala.
Aqui, no alto deste monte…
Penso, se a minha alma tem um Eu.