Ondeia a erva verde em redor, como um mar.
Fá-la a força do vento, ondear.
Aqui e ali polvilha-se de flores brancas, amarelas e lilás.
E eu, despregar delas os meus olhos, não sou capaz.
Foram as bastantes chuvas e últimos sois
E foi a acção concertada dos dois
E foi a terra e foi o ar
Que lhes deram toda a força e todo o amor que há para dar.
Erva viçosa, brilhante, bem vivaz
Encanta-me, faz-me sentir ainda rapaz.
Convida-me insistentemente a rebolar,
A correr a rir e a saltar.
E penso, cismo e reflicto
Num único, importante e simples acto.
O de o Homem querer evoluir
Deixando o melhor, dele, fugir.
quinta-feira, 18 de abril de 2013
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