sábado, 12 de março de 2011

Ás vezes...

Ás vezes, sou o espanto de mim mesmo
Ás vezes, olho o mundo e não o entendo
Ás vezes, sinto-me uma rocha no deserto
Ás vezes, sinto-me da razão, tão perto
Ás vezes, sinto a força brotar do medo
Ás vezes, descubro soluções a esmo
E assim, fazendo e desfazendo, vou gastando os meus dias, vou chorando as alegrias e as angústias suspirando, alimentando a esperança, alimentando o sofrimento de ter nascido esperando.
(Dedicado ao meu amigo Henrique-da-Travessa e ao seu ovo de Colombo)
;)

quinta-feira, 10 de março de 2011

Sonhos!

Todas as minhas raizes se afundam, no terreno imaginário dos sonhos.
Todos os meus desejos, todos os que tanto quis, e nunca fiz; se guardam e resguardam ainda, nos sonhos... naqueles sonhos que ainda não sonhei e que sonho, sonhar.
Todas as minhas certezes, são sonhos... sonhos passados, sonhados.
Todas as estrelas que compõem o firmamento, são sonhadas, nos meus sonhos. Elas não existem na verdade. Somente brilham, de noite, porque as sonho!

quinta-feira, 3 de março de 2011

O Pensamento e a Liberdade

Aquilo que pensamos, não é da nossa exclusiva vontade!
O pensamento não é livre, ao contrário do que frequentemente supomos.
Cada pensamento é gerado pela influência de muitos outros, captados pelos nossos sentidos e transmitidos por alguém. Ou seja; os nossos sentidos são como uma antena de televisão que capta o que alguém está a transmitir, transfere a informação para a nossa cabeça que processa essa informação, do mesmo modo que um televisor ou um computador, servindo essas informações recebidas, para construir as nossas decisões.
É esta a dinâmica universal; o fluxo e o refluxo, a emissão e a recepção, resultando na circulação da informação.
Mas, será que a criação de informação tem um limite?
Ou terá a nossa capacidade de armazenamento dessa informação, um limite?
E, se esse limite existir; sérá o fim, a extinção da raça humana?
Descartes afirmou; "Cogito, ergo sum".
Estaria o filósofo a antever o fim da humanidade, ou a demonstrar-nos a nossa incapacidade de sermos verdadeiramente livres?!

quarta-feira, 2 de março de 2011

Ambíguo

Ambíguo.
Este termo é frequentemente empregue, para caracterizar alguém com quem é preciso ter-se cuidado, porque nunca se sabe, para que lado irá virar-se.
No entanto, esta caracteristica, poderá identificar também uma pessoa que, tanto pode ser isto, como aquilo. Não lhe chamaria polivalente, mas sim, uma pessoa capaz de ver, de sentir, de tentar e de arriscar, para além daquilo que é convencional, e, ou seguro.
Ambíguo, poderá relacionar-se então, como a capacidade extrasensorial, dilatada.
Ou seja, uma capacidade dúctil que permite a quem a possuí saír de si mesmo e expandir-se sem amarras de qualquer espécie que a contenham.
Por outro lado, penso não ser desejável, a generalização desta "qualidade".
Imagine-se que toda a gente se tornava de um momento para o outro, ambígua e dúctil?!