A metade de mim
que já não sou
Repousa nesse jardim
onde um dia, nosso amor se consumou.
E a rosa molhada,
que sobre o peito, descansa
Olha-me ainda pura, encarnada.
Lembrança de uma paixão mansa.
E ainda, plácidamente me embala
como valsa roçagante
Ainda pelo meu corpo resvala
Quando desejas ser minha amante.
A metade de mim, que fui
Guarda-se na memória do tempo
Um tempo que parou, mas flui
Quando do meu ser se solta um lamento.
terça-feira, 30 de agosto de 2011
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6 comentários:
E assim se descerra o véu do mistério do teu último post, amigo Bartolomeu!
Adorei, aliás, gosto imenso da tua forma de escrever.
E esta Rosa, rosa vermelha da mansa paixão ficará para sempre na memória que flui...no decurso irreversível do tempo.
Abraço
Olinda
Pois "descerra", Olinda... como se pode ver, não sou capaz de guardar um segredo.
Guardo uma Rosa, já é bom.
;))))
E eu a pensar que eram para mim estes lindos versos! :-))
Abraço
Pois são Rosinha!
Vá-se lá saber como e porquê...?!
;)))))))
Mas que grande paixão, essa Rosa. Lembranças tão fortes... Ou saudades de outros tempos, outras idades?
Sabes como é, Cristina... "the first cut is the deepest".
http://www.youtube.com/watch?v=aBccr-aLu4I
;)))
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