quarta-feira, 24 de agosto de 2011

A distância e o tempo

Sempre acho, que o ponto de onde observamos, pode condicionar a forma como entendemos.
Ou seja; se nos encontrarmos num determinado ponto de uma fila de gente, com a finalidade de chegarmos a outro ponto, que poderá ser a bilheteira de um teatro, por exemplo; difícilmente teremos a percepção da distância a que nos encontramos desse ponto, ou, e, do número de pessoas que se encontram entre nós e o ponto que desejamos atingir.
Contudo, se tivermos a possibilidade de nos encarrapicharmos às cavalitas de alguém, dependendo da extensão da fila onde nos encontramos, poderemos percepcionar um pouco melhor a referida distância.
Mas; imaginemos que nos encontramos numa cidade e que a fila onde nos encontramos se estende ao longo de várias artérias, que viram à esquerda e à direita...
Então, para podermos ter a tal percepção, precisaríamos de um ponto de observação mais elevado, que os costados do parceiro da frente. Talvez de um terraço de um edifício, ou do alto de uma torre, a nossa visão pudesse abarcar toda a extensão da fila em que nos encontramos.
Mas; imaginemos que a fila onde nos encontramos, se prolonga por diversos países e continentes...
Então, seria necessário dispormos de um ponto de observação tão alto e tão distante, que nos permitisse abarcar toda a extensão dessa fila.
No entanto, o facto de conhecermos a verdadeira distância que separa o ponto que ocupamos na fila, do ponto que pretendemos atingir, não nos permite alterar a distância, nem o tempo que demoraremos a atingi-lo.
;))

4 comentários:

Olinda Melo disse...

Cheguei e encontrei este bela reflexão.Não só esta como a do Sôre Isidro e também a do Vento. Muita matéria em que terei de me concentrar.
É uma verdade, nunca poderemos alterar a distância e o tempo apesar de percepcionarmos melhor determinado objectivo.Mas acho que 'nunca' não será bem a palavra que eu deveria ter empregue. Nada é tão definitivo, há condicionantes, condicionalismos, atenuantes e outras que deixam antever a nossa humilde condição de seres humanos, pequeninos pontos nesta imensidão cósmica. Mas também é minha convicção que, quanto mais perto nos colocarmos mais depressa lá chegaremos. Contudo, vejo que fechaste todas as saídas. Mais vale esperar um pouco mais e ver em que é que isto vai dar...

:)

Olinda

Bartolomeu disse...

Soyez bien revenue, Olinda!
;))
Espero que tenhas tido uns dias de férias, muito agradáveis.
Escrevi este post, com o pensamento na questão do livre-arbítrio e da dúvida em se; conhecendo o que está para além daquilo que conseguimos ver, temos a possibilidade de o conseguir alterar, por força desse "poder".
Explicando-me melhor: sendo-nos dada a possibilidade de conhecer o futuro, poderemos a partir do presente, munidos do poder que o livre-arbítrio nos concede, alterar esse futuro?
Não. Não é verdade?
Porque ao agirmos no presente, influênciamos o futuro, logo, a influência que cada um de nós opera presentemente no futuro, tem forçosamente que estar sujeita a um poder superior que tem a tarefa de fazer com que todas as peças do puzzle se encaixem na perfeição.
Nesse caso... onde raio se encaixa o livre-arbítrio?
;)))))

Cristina Torrão disse...

O facto de conhecermos a verdadeira distância pode não alterar nada. Mas o ser humano é curioso. E, se tiver essa possibilidade, tenta sempre ver mais alto. Mesmo que isso não o ajude; mesmo que só sirva para se lamentar.

Quanto ao livre-arbítrio... Talvez não exista mesmo.

Bartolomeu disse...

Mas é claro que existe, Cristina!
Então como é que existiria futuro, sem que existisse livre-arbítrio?
Isto um bocado mal comparado, é mais ou menos como abastecermos o depósito do carro, na esperança de conseguirmos chegar ao local onde pretendemos passar uns dias edílicos de férias...
;))))))