Os Finlandeses e os Alemães têm razão. O empréstimo de oitenta mil milhões de euros, não poderá salvar a economia portuguesa, porque a nossa recuperação económica, está dependente da nossa capacidade de produzir e de exportar. No entanto, estas duas actividades não têm condições de recuperação, porque os investidores não se dispõem a arriscar o seu dinheiro e porque o crédito lhes custa caro.
A solução, em lugar de passar pela negociação de empréstimos, de taxas de juro e de prazos para pagamento, passa sim, pelo pedido de anulação da dívida pública, saída do euro e desvalorização do escudo. A par destas três medidas, a adopção de uma política de importação controlada, com a proibição de importação de produtos equivalentes, produzidos internamente.
Com a anulação da dívida externa, deixaria de haver preocupação com o pagamento de juros e de amortização do capital em dívida, passando o Pib a reverter para as contas públicas e para o apoio aos investimentos de recuperação económica.
O retorno à moeda antiga e a sua desvalorização, os euros que pertencem a cada cidadão, passariam a render mais, sendo essa medida um incentivo ao investimento e trazendo ainda um incentivo e uma sensação imediata de alguma recuperação do poder de compra. Havendo esse incentivo e consequentemente mais investimento, surgiriam novas indústrias e a criação de mais postos de trabalho. O retorno à moeda antiga, acompanhado da sua desvalorização e o consecutivo aumento do investimento privado, acompanhado de uma política de protecção, de uma política mais justa de impostos, permitiriam a reactivação de indústrias que foram desactivadas desde a entrada de Portugal para a UE. Por exemplo a indústria siderurgica, a indústria vidreira e cerâmica, a indústria das pescas, conservas e transformação e embalagem, a agricultura, e pecuária, complementadas por normas restritivas à importação, certamente retomariam a actividade e a relevância para a economia interna, que já conheceram num passado ainda recente.
Todas estas medidas, acompanhadas de uma política governamental, séria e transparente, empenhada em requalificar a educação, a formação profissional, em tornar a justiça mais eficaz e célere, iriam certamente criar nos portugueses a vontade necessária para arregaçar as mangas e colaborar no reerguer deste país que possui todas as condições para ser próspero e produtivo.
A solução, em lugar de passar pela negociação de empréstimos, de taxas de juro e de prazos para pagamento, passa sim, pelo pedido de anulação da dívida pública, saída do euro e desvalorização do escudo. A par destas três medidas, a adopção de uma política de importação controlada, com a proibição de importação de produtos equivalentes, produzidos internamente.
Com a anulação da dívida externa, deixaria de haver preocupação com o pagamento de juros e de amortização do capital em dívida, passando o Pib a reverter para as contas públicas e para o apoio aos investimentos de recuperação económica.
O retorno à moeda antiga e a sua desvalorização, os euros que pertencem a cada cidadão, passariam a render mais, sendo essa medida um incentivo ao investimento e trazendo ainda um incentivo e uma sensação imediata de alguma recuperação do poder de compra. Havendo esse incentivo e consequentemente mais investimento, surgiriam novas indústrias e a criação de mais postos de trabalho. O retorno à moeda antiga, acompanhado da sua desvalorização e o consecutivo aumento do investimento privado, acompanhado de uma política de protecção, de uma política mais justa de impostos, permitiriam a reactivação de indústrias que foram desactivadas desde a entrada de Portugal para a UE. Por exemplo a indústria siderurgica, a indústria vidreira e cerâmica, a indústria das pescas, conservas e transformação e embalagem, a agricultura, e pecuária, complementadas por normas restritivas à importação, certamente retomariam a actividade e a relevância para a economia interna, que já conheceram num passado ainda recente.
Todas estas medidas, acompanhadas de uma política governamental, séria e transparente, empenhada em requalificar a educação, a formação profissional, em tornar a justiça mais eficaz e célere, iriam certamente criar nos portugueses a vontade necessária para arregaçar as mangas e colaborar no reerguer deste país que possui todas as condições para ser próspero e produtivo.
8 comentários:
Realmente, o regresso do escudo permitiria a desvalorização da moeda, com todas as vantagens que isso acarreta. Talvez Portugal não devesse ter entrado no euro... Talvez a Europa não comporte uma moeda comum, já que os países e as economias que a compõem são muito diferentes uns dos outros...
De acordo, Cristina
O espírito de irmandade teria de ser fortíssimo, para que a moeda única podesse funcionar como foi idealizado.
Mas quanto a mim, o maior impedimento para que não funcione, tem a ver capitalismo.
Se repararmos com atenção, esta crise deve-se essencialmente à sede da banca, em fornecer crédito, porque ganharia com isso juros imensos. É o negócio deles, mas um negócio que não conhece limites, um negócio que conseguiu abarcar governos, ultrapassando os efeitos do aliciamento aos privados e às empresas. E junto com eles, as seguradoras.
Por isso, no meu ponto de vista, a única hipotese que Portugal tem de manter a sua nacionalidade e não passar a ser governado pelo poder económico europeu, seria a que expus.
Nada mal pensado!
E quem é que ia nessa de anular a dívida pública?! :-))
Abraço
Olá Rozinha, minha Amiga!
Olha, eu entendo o perdão da dívida pública, como um bem maior para Portugal e um mal menor para a UE, pelo seguinte: A concessão de mais um empréstimo, não vai no meu ponto de vista, resolver o problema da economia do país. Não vai também minimiza-lo, nem irá tão pouco ajudar a criar as condições necessárias para que a nossa economia recupere. Este empréstimo dos oitenta mil milhões de euros, ou oito biliões de euros, servirão para satisfazer as nossas obrigações imediatas, relativamente aos empréstimos já contraídos e ainda às despezas de funcionamento do estado. Então quer dizer que dentro de muito pouco tempo, voltamos a estar com a corda apertada à volta do pescoço, mesmo que o estado consiga reduzir drásticamente as suas despezas, as quais implicam medidas altamente prejudiciais para uma boa fatia da população portuguesa e sobretudo, para os mais desprotegidos.
Por outro lado, estou convencido que os técnicos do fundo monetário internacional e do banco central europeu, sabem perfeitamente que nunca iremos ter possibilidade de honrar os nossos compromissos com o exterior, se nos mantivermos na moeda única.
Ora então, entre uma divida crescente e incobrável que não soluciona o problema, antes o agrava ainda mais, e o perdão da dívida existente e o corte de mais ajudas financeiras que poderá resultar num desaperto do colarinho e num novo fôlego para que a nossa economia volte a arrancar, sem contudo deixar de ser necessários cortes profundos em alguns sectores do estado, parece-me sem dúvida mais benéfica a segunda solução.
Quécaxas Rozinha?!
Penso que a recuperação das indústrias referidas a par da piscatória e da agricultura seria um dos passos mais importantes a dar. Com uma plataforma continental de 200 milhas ( um mundo de exploração em potência) com um espaço marítimo invejável dir-se-ia que o que teríamos de fazer era arregaçar as mangas ou as pernas das calças e trabalhar. As quotas impostas por medidas comunitárias nas duas áreas que assinalei e com a atribuição de subsídios, para não produzir, lançaram por terra duas importantes fontes de trabalho e de receita tradicionais. Arrepiar caminho será agora mais difícil mas não impossível, creio. Quanto ao perdão da dívida não seria despiciendo pensar-se nesta solução, possibilidade ou probabilidade atendendo a que a situação das contas públicas e quiçá privadas neste momento é tão complicada que talvez a UE, ao fim e ao cabo, saísse a ganhar. A saída do euro, contudo, triplicaria ou quadruplicaria a dívida...Há uma faceta lusa que deveria ser desenvolvida: estabelecer prioridades, projectar a tempo e horas, seguir os projectos e cumpri-los e deixar-se de facilitismos quando pensa que está tudo a correr às mil maravilhas.
Obrigada pela reflexão que considero bastante pertinente.
Abraço
É isso, Olinda. Focaste um ponto importantíssimo e que asfixia a nossa pordução: as quotas impostas pela UE e que foram muitíssimo mal negociadas pelos nossos deputados, em Bruxelas. Essas, complementadas pelos subsídios para não produzir, geraram o desiquilíbrio social e a calãnzice que tomou conta do espírito laborioso dos Portugueses.
Por isso, entendo que se voltássemos ao escudo desvalorizando-o e víssemos a dívida pública externa, perdoada, estariam criadas as melhores condições para espevitar esse espírito e criar algum ânimo de que estamos tão necessitados.
O país tem condições para prosperar. Ou teria se todos trabalhassem com o mesmo objectivo, para o bem comum... Mas isso não acontece e não vai acontecer...não nas próximas décadas.
Eu ainda acredito que sim, Catarina. Mas em minha opinião muitas coisas têm de se alterar, uma delas, a forma como os políticos vêem o povo e a política interna e a global.
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