Sentado na poltrona da sala,
Observo o mundo lá fora.
Ao fundo, os três moinhos.
Em volta, o vento não se cala,
E leva-me na mesma hora,
Pelo mundo e seus caminhos.
Serpenteia o rio, lá ao fundo,
Verdejam os montes em redor.
A gente, lá vai na sua lida,
Espalhada, ocupando o mundo,
Cultivando a terra com amor.
Cada um, cumprindo a sua vida.
O sol, já aquece a terra húmida,
Rega do orvalho da madrugada.
Exalta os sentidos, as vontades.
Solta dos seres, a energia contida.
Faz trinar os cantos da passarada.
Anima os corpos, lava-os de maldades.
Aqui, da poltrona da minha sala,
Olho as nuvens que correm pelo céu.
Olho o espaço infinito, o horizonte.
Escuto o vento à volta, que não se cala.
Aqui, no alto deste monte…
Penso, se a minha alma tem um Eu.
Observo o mundo lá fora.
Ao fundo, os três moinhos.
Em volta, o vento não se cala,
E leva-me na mesma hora,
Pelo mundo e seus caminhos.
Serpenteia o rio, lá ao fundo,
Verdejam os montes em redor.
A gente, lá vai na sua lida,
Espalhada, ocupando o mundo,
Cultivando a terra com amor.
Cada um, cumprindo a sua vida.
O sol, já aquece a terra húmida,
Rega do orvalho da madrugada.
Exalta os sentidos, as vontades.
Solta dos seres, a energia contida.
Faz trinar os cantos da passarada.
Anima os corpos, lava-os de maldades.
Aqui, da poltrona da minha sala,
Olho as nuvens que correm pelo céu.
Olho o espaço infinito, o horizonte.
Escuto o vento à volta, que não se cala.
Aqui, no alto deste monte…
Penso, se a minha alma tem um Eu.
8 comentários:
Estou sem palavras, Bartô!
Julgava-te...desaparecido em combate! :-))
Ainda bem que voltaste!
Abraço
Aí sentado na sala
pensando no Eu da Alma
fazes-me também pensar
e a alma não acalma
e o vento não se cala...
às vezes também fico assim
perguntando dentro de mim
se o Eu está escrito no céu
porque do dia, se faz breu
e penso nas aragens das folhagens
penso nos rios e sua margens
penso no rodar dos moinhos
onde pássaros fazem seus ninhos
se o sol algum dia encontra a lua
se na terra flor nasce, é fantasia
para dar ao mundo alegria...
penso no mar, como o oiço chamar...
penso no Outono fico cheia de sono
e me quero deitar ao abandono
mas penso que logo virá o Inverno
e o calor de um fogo etéreo é terno
e na Primavera tudo muda...
e a minha Alma continua muda
num Eu que não entende
porque na energia tudo flutua
aí como na poltrona tua
que no Verão será fresco colchão...
e cumprindo toda a verdade
em que nos passa a saudade
como o tempo em pensamento
fico como tu, neste momento:
aqui sentada frente à luz citadina
pergunto-me se a minh`Alma é ladina
e se somos eu e ela, as duas uma
ou não somos coisa nenhuma...
só "energia pura", mais um "eu" que flutua
e se um dia, ela encontrará a tua?!
:)))
Oh Bartolomeu, este desafio passou-me por cima e já saudade eu tinha...ando cansadinha é certo mas nada como bom e suave momento!
Obrigada pelo teu poema
que desenvolveu o tema
e não chegando a lado nenhum
soma ao teu pensamento mais um :)
beijito e abracito avançando
com carinho de amizade cantando:)
Que abandono que houve por aqui! O Bartolomeu andou este tempo todo à procura do Eu da Alma, está-se mesmo a ver! : )
Um certo vazio fez-se sentir com esta ausência... vamos lá Avançando para dar alento a certas principiantes... : )
Rosinha, minha amiga, já me retirei dos combates, agora dedico-me a observar as lutas alheias, as deploráveis lutas, em que os guerreiros perderam a corágem e utilizam armas corrompidas... lutas vazias de ideais e de nobres motivações...
Mas pronto, aqui me tens, saudado pelo imenso carinho do teu comentário e das minhas amigas que te precedem.
;)
Não ha nada melhor que somar pensamentos, minha amiga Bailarina, mesmo que estejamos cansados... aliás, uma boa forma de relaxar e descansar, é o exercício da soma, de pensamentos, de ideias, de reflexões, etc.
Sempre revitalizante e encantatória, a tua forma de comentar!
;)
Uiii Catarina, "certas principiantes" começaram magníficamente, com o pé direitíssimo!
;)
Apesar disso, podem contar com todo o alento, apoio e participação para ler e comentar os Ocidentais e Contemplativos posts.
;)
Ás vezes temos que permanecer no mesmo sitio mais tempo, por vezes tempo a mais que a nossa compreensão e de outros consegue entender. Tanto tempo quanto aquele que sem sabermos bem como nos é indicado pelo universo... e só assim o próximo passo é firme, mais firme que o anterior, tão firme que nos ira indicar e facilitar o nosso caminho, avançando assim mais um passo.
;)
A vida é algo de fascinantemente belo... quão fascinante é também, a existência dos seres.
Na verdade, crotalus, a mim parece-me que por muito que andemos, estaremos sempre no mesmo lugar. Só que, talvez, o lugar onde nos encontramos, possua uma característica especial, uma característica ilusória, que nos faz pensar que nos movimentamos.
;))))
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