Olho, absorto no nada, as velhas pedras, de uma velha casa, n'uma velha aldeia, onde velhos... e velhas, que apesar de velhas, menos velhas parecem que os velhos, páram.
Páram as pedras, as velhas e... os velhos, pára o tempo, páro eu, olhando absorto as pedras muito velhas de uma casa velha, n'uma velha aldeia.
E eu... e as velhas... e os velhos... e as pedras... e o tempo... parados... olhamo-nos...
Se não fosse o tempo parado que me fêz parar... diante destas pedras velhas... paradas, tão paradas quanto parados estão os velhos... as velhas... n'esta aldeia de casas paradas, talvez o meu olhar não parasse no tempo... absorto... diante destas pedras... destas pessoas, velhas, que as ergueram e alinharam e... arrumaram com precisão, umas sobre as outras. Com a mesma precisão, que o tempo vai arrumando, sobrepondo as horas, umas após outras, umas sobre outras, indiferente ao meu olhar absorto... perdido no tempo... parado no tempo...
quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
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19 comentários:
É um paradoxo, Bartô!
Como o tempo passa e nós parados no tempo!
Gostei do teu post!
Bom Ano Novo!
Abraço
Não te mexas. Que é para eu matar o mosquito que está no teu braço e te vai picar.
Beijos.
Recordações que nos fazem bem e mal ao esmo tempo...
Passei te desejando:
Um Novo Ano cheio de caminhos repletos de flores...
jasmim, alfazema a rosa com a cor que mais amares, margaridas aos molhos...
E que durante todo o ano sejas fabejado por seus cheiros enebrintes...
Beijinho com muito carinho da
SOL
Observador do tempo que passou e continua a passar?
Que aconteceu quando esse looongo momento contemplativo se dissipou?
:)
Isso de parar no tempo...faz-me confusão, a menos que seja por uns instantes...escassos e que se repitam raramente a roçar o nunca.
...
Independentemente das nossas paragens, o tempo não pára.
Mas por vezes as paragens são necessárias,...o tempo que se lixe:)
Beijinhos.
Não sou uma gaja culta que saiba fazer críticas àquilo que leio. Assim, só digo: Gostei.
Alice, a Fininha
A vida é um paradoxo Rosinha, minha querida amiga!
Basta reflectirmos sobre a ilusão do "ter".
Como canta aquela rapariguinha a DIDO «nothing i have is truly mine»
Na verdade, nem os pensamentos, são genuínamente nossos. O nosso papel na "peça", resume-se a juntar fragmentos de outros pensamentos que outros já pensaram e construir o pensamento que baptizamos de nosso...
and so... and so... and so...
;)
não destruas o insecto Leozinha, pode ser que ele esteja a mordiscar o virus da gripia...
;))))
Um novo ano cheio de luas prateadas e luminosas, Lua Prateada!!!
;)))
Ha tres "coisas" que o homem não se cansa de contemplar, Catarina: o mar, o céu e o fogo.
Deve ser por isso que o homem se julga deus e fica a admirar a sua obra!
;)))))
Olha Sandrinha, vou revelar-te um segredo... mas não contes a ninguem... fica só entre mim e tim.
Sou um bocado afccionado das viagens e o meu maior gosto, era conseguir viajar no tempo, para o passado.
Os psicólogos, alinham isto com uma carência qualquer... estou-me a borrifar... o que eu gostava mesmo era ir ao passado ver como foi na realidade. E depois, quem sabe, escrevia uma nova história da humanidade???
;)))
Estás mesmo convencida que o tempo não para, Andorinha?
Eu... bom, aquele rapaz o Einstein teorizou algo diferente... algo mais "relatico" e encontrou um "mundo" paralelo... às tantas, aquela estória das almas gémeas é mesmo verdade e a dificuldade está só em encontrarmos a nossa...
;))))
Oh minha amiga Alice... e o que é cultura?
Cultura é saber tudo aquilo que as pessoas cultas, sabem, ou... cultura é não saber o que as pessoas cultas sabem, mas saber algo que elas não sabem?
;)))
Puta que pariu a cultura estereotipada!
Cultura é reconhecer a igualdade nos outros, é saber ouvi-los, é saber compreender-lhes as ansiedades e é saber apoia-los... o resto é saber umas merdas e apregoar aos sete ventos que se sabe essas merdas e esperar que nos prestem vassalagem por isso.
Bahhh!!!
;)))))
"Puta que pariu a cultura estereotipada!
Cultura é reconhecer a igualdade nos outros, é saber ouvi-los, é saber compreender-lhes as ansiedades e é saber apoia-los... o resto é saber umas merdas e apregoar aos sete ventos que se sabe essas merdas e esperar que nos prestem vassalagem por isso.
Bahhh!!!"
Bartolomeu...obrigada...sinto-me muitas vezes sozinha por pensar exactamente isto que acabaste de escrever. Atenção...sozinha de sozinha mesmo, não de solidão. Mas por muito que não me importe de de pensar ser a única a sentir isso, é semre bom encontrar alguém que partilhe o mesmo!!
;)
Felizmente Sandra, não nos encontramos sozinhos em nada. Ha sempre mais alguem que pensa como nós, o que nos confere um certo conforto e faz com que não tenhamos dúvidas acerca dos nossos sentimentos e muitas vezes, da nossa sanidade mental.
;)
Na verdade (na minha verdade) a vida é uma imensa sequência de anedotas, uns, conseguem rir-se da sua própria anedota, outros conseguem rir-se da sua e da anedota do outro, alguns, acham que só a vida dos outros é que é uma anedota.
O fundamental é que consigamos rir-nos... nem que seja à parva...
;))))
Olha que rir à parva, acontece-me algumas vezes...de mim, de tudo e de todos...e a frequência anda a aumentar!
Então... estás no bom caminho, Sandra. Não te preocupes!
;))))
Parado , mudo e estático!
Quando é que tu avanças, Bartô?
Abraço
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