segunda-feira, 5 de outubro de 2009
E dançámos...
Ouvi-a chamar, saí.
Lá estava, altíssima, brilhante, envolta por véus transparentes que deixavam adivinhar-lhe os contornos do corpo.
Ao ver-me riu-se e de imediato deu início a uma dança de enfeitiçar, escondendo-se e revelando-se, fingindo que não me via observa-la.
De cá, gritei-lhe.
Desce, vem dançar comigo!
Riu-se mais ainda, rodopiou e num gesto largo, respondeu-me.
Vem, sobe até mim e vem dançar.
Fechei os olhos e senti elevar-me no espaço, leve, rápido, nu... e dançámos.
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10 comentários:
Tu sem véu e ela só com um véu! :-)
AQbraço
É precisa uma espécie de força para viver isto. Não é?
Gostei muito.
Ah,...como gostaria que ela me chamasse para com ela dançar...
Ernesto, o avô
Feitiçarias do amor!
«Sob a nudez forte da verdade... o manto diáfano da fantasia»
(Eça de Queiroz)
Existe sempre um véu por cima de tudo, mesmo das maiores verdades, n'axas Rozinha?
;))))
Para viver, é sempre preciso uma força, basta lembrar-nos que logo ao nascer precisámos de muita força para lançar aquele estridente choro que nos projectou no trilho do «não-retorno»
Pois foi Leozinha?
;))
Ah,... como gostaria de morar numa casa de passe!!!
Mesmo que fosse uma casa de pequeninos passes... tipo passe só para um transporte...
;))))
Agradeço o comentário, amigo Ernesto!
Viva, minha amiga Inês!!!
Somos feitiçarias-dependentes, não somos?
;)))
Afinal a vida é um feitiço pegado, talvez por isso passamos o tempo a questionar-nos: mas... como é possível que isto me tenha acontecido? ou, mas... como é que estas coisas acontecem?
Feitiço minha amiga, feitiço!!!
;)))
Ah! Não posso dizer força, tenho que dizer feitiço, para ficares contente. Está bem.
«É preciso estar enfeitiçado para viver isto. Não é?»
É!
É?!
É?
É!?
É!
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