Um dia... se ao passar por ti, não te cumprimentar, perdoa a minha cegueira.
É que as lágrimas de saudade, vertidas desde que partiste, secaram o meu olhar. O rio que deles brotou ininterrupto chorando a tua ausência, afundou-se num vale profundo, entre montanhas de desespero.
A luz que os iluminava, aos poucos envolveu-se de um cinzento nebuloso, gélido, tornaram-se farois apagados, guardiões de portos esquecidos, onde já não chegam naus.
Se um dia... ao passar por ti, o meu corpo não estremecer de desejo, se os meus lábios não se afastarem de espanto e os meus braços não se abrirem com vontade de te envolver, perdoa o meu torpor.
É que este corpo morreu desde que partiste, calaram-se para sempre estes lábios, penderam eternamente estes braços, cançados de tanto esparar pelos teus.
Se um dia... passares por mim e reconheceres uma derradeira lágrima tombada na minha mão, sorri-te em memória de uma paixão.
terça-feira, 7 de agosto de 2007
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36 comentários:
aii este amei..apesar do "peso" do sentir......
mas pstt eu estou aqui:)))
jocas maradas
Então Bartolomeu... livra que essa é mesmo uma paixão DAQUELAS... Até a mim me doeu!
Parabéns.
Lindo... a interiorizei a emoção!
Se um dia eu passar por ti e não te falar... é porque nunca vi a tua face mesmo que já me tenhas mostrado um pouco da tua alma nestas palavras...
Beijos
BF
Aquilo que nos enche a alma Su, é sentirmos perto, a presença de alguem.
pstt, eu tambem :))
onde é que te doi Maria Eduarda?
Mostra, anda cá para eu dar beijinho no doi-doi.
:)))
De qualquer maneira, se passares por mim fala. tá Papoila?
Mesmo que seja só para perguntares as horas.
;)))
As memórias. Vivemos para as termos ou temo-las para vivermos?
É lindo demais....
Ficou-me "agarrado" à pele, este texto...
Beijo
.....
Sentindo a sua intensidade
Deixo um beijo
(*)
Boa questão Lenor...
Digamos que elas surgem conforme vamos avançando na vida, se pararmos elas ficam, se avançarmos, elas vão ganhando diferentes tonalidades... e um dia extinguem-se comnosco...
Olá Maria :)
Então... está na altura de tomares um duche...
;)))
estou a brincar contigo :)
Pois é Maria, estas coisas de amor, têm uma propriedade adesiva, colam-se e não somente à pele, mas, até aos objectos.
A minha intensidade Momento?
Ou... somente a da escrita?
:))))
Ah... as duas, ok!
:))))
um dia...se me vires, pode ser que sintas o meu corpo renascer com a tua presença ;)
...
se um dia te vir..perdoa-me se não te agradecer a beleza dos teus textos!!
continua a deixar uma luz, mesmo que ténue, nos nossos pensamentos.
Winky
A luz que aqui brilha, é constituida somente, pelo rasto de energia que as maravilhosas visitas a estas paragens, vão deixando ficar.
Se um dia nos olharmos serão os teus olhos e os meus a cumprimentarem-se.
:))))
tenho tido tão pouco tempo, mas passei especialmente para ler as belas palavras com que nos brindas e agradecer as que deixas lá nos meus espaços em particular no fantasy.
....oooO
....(....)... Oooo
.....)../. ...(....)
....(_/.......)../
..............(_/
....oooO
....(....)... Oooo
.....)../. ...(....)
....(_/.......)../
..............(_/
...... Passei por aqui
BEIJOS
Belíssimas pegadas Nadir, testemunho de uma fantástica presença
:))
Tudo passa, Bartolomeu!
Tudo passa...
Mas continua a doer!
olá bartolomeu...
Foi muita gentileza sua visitar-me no meu blog...
Por enquanto ando a cheirar os blog's dos outros...dado que para mim este mundo é completamente novo...
...Afinal você tambem sabe o que é o "sofrimento"?!... Agora digo-lhe eu... amor tem de rimar com alegria...
Beijinhos
Nem tudo Rozinha, nem tudo passa... as boas memórias são eternas.
Olá sombra, olá luz...
boa dica :) Vou fazer com que amor rime com alegria, é uma promessa.
:)))
oh deuses quanta paixão!!!
se um dia ela não abrir os olhos diz-me que eu vou lá e espeto-lhe uns palitos... ;)
(é "espeto-lhe" entre aspas porque normalmente diz-se de quem tem sono que ores«cisa de uns palitos, ou fita-cola, para manter os olhos abertos...)
As partidas deixam-nos sempre com o corpo alheio à vontade de voltar a ser feliz.
ahahah
gostei da metáfora dos palitos Fabulosa Fábula...
Mas não te vejo nessa tarefa, sobretudo porque vives uma paixão.
Oi Mourinha linda
as partidas são dolorosas nesse momento, mas representam o início de uma nova etapa, e... toda a etapa é composta de imprevistos, é isso que as torna desejáveis.
:))))
voltei...para poder passar por ti:)
jocas maradas de sentires
Nem sei como comentar este post.
Ai, ai.
(Vais ter que perceber assim. Percebes, não percebes?)
* A propósito, gostei muito.
(voltei)
Olá Luisinha... grandes férias, já tinha saudades de ti.
se um dia...
se um dia nao olhar para ti...
estarei cega?
de regresso...
um beijinho
Olá Sinha!!!!
Feliz regresso, espero que as tuas férias tenham sido excelentes.
Não, não me parece nada, absolutamente nada, que não vejas bem.
:)))))))))
onde é que já li uma coisa parecida com esta???
bolas eu hoje estou pra dejavus que mau feitio :P
Olá Mo,
quando "imaginas" já ter visto "isto" em outro lado, referes-te ao que postei?
Se é o caso, diz-me onde, para ir dar uma espreitadela.
Entretanto, vamos dar um passeio pelo http://sem-cantigas.blogspot.com/. Tem ar de ser divertido.
;))
Lindo, de uma beleza tocante, com a capacidade rara de permitir que nele se revejam todos os que já experimentaram um desgosto de amor. É a tal arte de dizer o indizível...
"arte" muito difícil por sinal, Moura, tão difícil, mas simultâneamente tão encantatória, que faz com que meio mundo busque o privilégio de a usar a seu bel-przer. Mas, talvez devido ao seu carácter divino (tem relação directa com a omnisciência, julgo eu) só éacesível áqueles que por efémeros momentos se desligam do terreno e flanam pelo eter.
Também não é fácil, esse flanar de que fala, é preciso conseguir ver o que é invisível aos olhos...descolar da realidade, como diz, sair do concreto, da sensação, para que o espirito flua livremente.
Ha um exercício que faço regularmente com um enorme prazer.
Sento-me no meu monte e admiro o que me rodeia. Dependendo de diferentes influências, mais ou menos tempo depois, encontro-me a flanar, o espírito solta-se literalmente e percorre, tanto as memórias, como os acontecimentos recentes, e essas "viágens", normalmente e naturalmente, concedem-me essa forma diferente de ver, que a Moura refere.
Nada como o cimo dos montes para que a visão se espraie livremente e encontremos a razão de ser de tudo o que nos rodeia, assim como uma visão simplificada sobre todas as coisas.
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