Este poema é dedicado a uma amiga, que, passados anos, sente ainda o apelo daquela Angola longínqua, onde cresceu e onde deixou amigos de infância que em todos os momentos, lhe invadem de suadades os sentidos.
Eu sei que querias voar
ganhar asas, liberdade
Para à tua terra voltar,
tentar entender a verdade
Eu sei que ainda sonhas
Encontrar velhos amigos
Perguntar-lhe pelas vidas
Conhecer-lhe os destinos
Eu sei que sentes ainda
na pele, aquele calor tropical
Nos olhos a paisagem linda
Que te deu esse ar jovial
Mas aquela terra que amas
Que te viu tornares-te mulher
Quis soltar-se, ganhar asas
Quis tambem poder crescer
E são assim, minha amiga
As voltas que o mundo dá
É esse sonho que te liga
Ás memórias que guardas de lá
(neste poema, obvío títulos académicos e regras específicas de tratamento social, este poema, é uma conversa de almas)
quinta-feira, 30 de agosto de 2007
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19 comentários:
Boa noite BartÔ!
Lindo carinho esse que dedicas a essa amiga....
Ela terá por certo as asas do pensamento que a tranportarão para as terras quentes.
Beijinhos
BF
Olá Papoila :))
Penso que sim, tem certamente as asas e a sensíbilidade dos grandes sonhadores.
Ah, um poema dedicado a uma adulta que sonha!
É uma daquelas de que nós gostamos, não é Bartolomeu? :)
É Luisa!
Desde que sonhe, preenche os quesitos para que gostemos.
:))
Que lindo este teu gesto, de dedicar a uma amiga um poema sobre a saudade do país dela....
... outro país a cumprir.... um dia.....
Bjs
Eu creio Maria, que, para que um país se cumpra, é necessário que primeiro, se cumpra o seu povo. Tal como nós, os Angolanos, precisam deencontrar naturalmente o rítmo que irá identificá-los com a terra. Depois será então o culminar, de quereres e de êxitos.
:)) Um beijo Maria.
Chegou ao fim mais uma semana marcada pelo cansaço e pela ausência na net…
Sinto saudades dos espaços que normalmente visito e das pessoas
Hoje uma breve passagem apenas para desejar um bom fim de semana
Beijinhos
Pois é Bartolomeu. Até parece que foi escrito para mim... creio que todos os que vivemos em Angola sentimos o mesmo... mas sem saudosismo. Com uma vontade enorme de que o nosso povo encontre o seu caminho, para a paz e para a liberdade. Que já vai sendo tempo, não achas?
"Eu sei que ainda sonhas
Encontrar velhos amigos
Perguntar-lhe pelas vidas
Conhecer-lhe os destinos"
Dedicado a todas as separações.
Olá Nadir :)
O fim de semana passou, sem ter oportunidade de retribuir o teu amável desejo.
Estibe no Puorto e ber os abiões a fazer acrobacias, andei que nem um cõe e bi mais gente que mundo.
É berdade o que te digo, é que num se bia mesmo o mundo, só gente... ah e o fumo dos abiões.
:)))
Fiz uma fuotos engraçadas de alguns edifícios do Puorto, aquela capetale do granito, mas num as xei colocar no bilogue. Se me quiseres dar uma dica Nadir, fico-te grato.
Sabes Maria Eduarda, que não sou homem de fingimentos, por isso não vou fingir que escrevi este poema a pensar em ti.
Mas, eu sei que o sentir expresso naquilo que escrevi, é comum a muitíssimas pessoas, sobretudo Àquelas que por lá nasceram ou que foram viver para Angola ou Moçambique muito jovens.
Tem-me sido descrito uma ambiência extraordinária, tão exraordinária que não mais abandonou as suas memórias.
Mas, brevemente escreverei algo que te irei dedicar, fica prometido Maria Eduarda.
:))
Leozinha, minha querida amiga, já regressaste, ou mantens-te em terras do Tio Sam?
Ai os sonhos Leozinha, são cavalos À solta pela pradaria, indomáveis, sempre livres, sempre galopando em busca da conquista do espaço e do tempo.
;))
Que poema lindissimo :)
Adorei o seu blog vou voltar :)
Bjo Fabi *
Também eu sinto saudades da terra que me viu nascer...
Sobre Angola convido-te a passares por aqui http://ridanfeelings.blogspot.com/search/label/A%20Batalha%20dos%20Inocentes
bartolomeu quanto às imagens, trata de as redimencionar para um tamanho inferior e depois é só carregares no blogger.
jinhos
Olá Princess.
Volta sempre que desejes, este modesto "avançando" não possui características de palácio, mas tem vista para o sonho e porta para o infinito.
Diverte-te tanto quanto possível Fabiana princesa.
Um beijo, de joelho no chão, em vossa nívea mão, frágil princesa.
Ah Nadir, é então daí que vem esse teu enigmático e sonhador olhar.
Nascida em Angola, corre-te nas veias, junto com o sangue, a imensidão das planícies, das distâncias, da terra quente da savana, a liberdade do espaço e a nobreza indomável do carácter dos animais selvagens.
Admiro-te Nadir.
As palavras irrompem plenas do sentimento que se guarda recôndido ...das memórias
;)
Voltarei
Volta contornus, espero-te, recôndito, mas atento. Confiante na memória, avivada pelas sensações que a amizade proporciona.
:)
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