Era Verão...
E tu chegaste esvoaçante,
como uma ave emigrante,
que chega de país distante.
Era Verão...
E eu, qual galante,
insinuei-me vagamente,
perante o teu ar provocante.
Era Verão...
E o teu olhar cintilante,
a tua voz cativante,
o teu cabelo ondulante,
fizeram o meu coração errante,
disparar loucamente, alucinante.
Era Verão...
E o teu andar elegante,
gravou-se no meu, delirante,
E o teu falar empolgante,
geraram aquele amor escaldante.
Foi Verão...
E aquele amor gigante,
desfez-se num instante.
Quando voltaste hesitante,
para o teu país distante.
sábado, 12 de maio de 2007
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12 comentários:
São mesmo assim os amores de Verão. Paixões escaldantes e felizmente passageiras.
E... felizmente, em cada ano ha um Verão.
Este ano anuncia-se um Verão tórrido, é bom começarmos a pensar antecipadamente se preferimos passa-lo ao fresco ou ao escaldanço.
:) *
ahahahah! já a pensar nas "conquistas" de Verão? ;)
hahahaha
Pois Fábula, ha que programar o futuro, sabes? Cada vez ha mais concorrÊncia, só usando de capacidade de antecipação é que posso consolidar as prespectivas.
:)))
Estou a brincar Fábula, aquele amor aconteceu num Verão já distante. Quando oteu amigo, feito aquele rapaz o Represas, se montava na 125 que não era azul e ia para o Algarve insinuar-se pr'ás camone... ainda não eram públicos os dotes do ZéZé.
Assim sou eu no Verao,
ou em qualquer estação:
Um elevar, que me derruba
nesta terra, que não aduba
Um silêncio, que me grita
o acrescentar, que esvazia
Uma mente sã, no corpo cansado
de fogo de artifício, acinzentado
Uns olhos puros, com brilhos vermelhos
dentro da voz muda e miúda de conselhos
Uma fome, que perde o apetite
num sorriso, louco de patetice
Um doce, que me amarga
num vôo, que quebra asas
Uma dor, que me consola
a carícia, que me magoa
Um existir, sem ser notada
neste nadar, tão afogada
Uma liberdade, prisioneira
duma mentira, lisonjeira
Um acontecer, em que nada acontece
num ser que não é', já só parece
Uma felicidade, que dá moleza
à maior alegria, na mais profunda tristeza
Assim sou eu no Verao,
ou em qualquer estação!
Susana Venenno
Quando pensamos que já nada nos irá surpreender, eis que a vida nos espanta, colocando no nosso caminho uma estrela.
Gostei muito da surpreza Susaninha, um beijo do tamanho do mundo.
São assim os amores de verão...vem o calor da paixão e depois acabam mais rápido do que começaram.
amores de verão...
tao depressa chegam como vão...
beijos
Sabes Carracinha?
Quando escrevi este poema (poema?, ok, seja) pensei que estava a escrever algo inédito (haha).
Afinal concluo que já toda a gente viveu um grande e tórrido amor...um Verão.
É verdade Nadir... porém, estes amores de Verão, têm uma qualidade.
Perduram na memória. Por serem mais intensos?
Porque quando começam, já se tem a convicção que têm um tempo limitado e por isso têm de ser mais saboreados?
Ou porque a paixão é intensa, mas tem uma componente, tb intensa, que é a não existÊncia de vínculo, ou o contrário, os laços sentimentais criados são mais fortes, precisamente por se saber que a atracção física é limitada?!
O verão traz, o verão leva, a vida fica de saudades e sonhos, tão rica!
:)*
Olá cariño :))
O teu Verão é como uma maré, com fluxo e refluxo, embalada pelo gostoso vai-e-vem do amor.
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