À dias, sentado lá no meu alto olhando o mundo em redor, deixei os pensamentos soltar-se, voar em liberdade, brincar com as imágens, monta-las desmonta-las, enche-las com as palavras que foram ditas, os momentos que foram vividos, as alegrias, as emoções... as tristezas.
Estivemos naquela "marmelada" mais de um par de horas.
Depois ergui-me, recolhi-os como pastor que recolhe o rebanho, e regressei a casa escolhendo o carreiro mais longo, entre os tufos de giesta, contornando os pinheiros e eucaliptos, enchendo os pulmões em pleno, daqueles ares, sentindo o vigor da natureza, e a serenidade do ambiente.
Enquanto caminhava, visitou-me um pensamento: somos naturalmente possuídores de duas máquinas do tempo; uma, a memória, permite-nos viajar ao passado, revê-lo, revive-lo e voltar a saborea-lo. A outra, os sonhos, permite-nos viajar ao futuro.
Assim, no regresso, achamo-nos mais aptos e confiantes para construir o presente.
terça-feira, 21 de maio de 2013
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10 comentários:
Muito bem visto, Bartô!
Abraço
Olá Rosinha!
Abraço retribuido.
Há quem tenha medo de máquinas do tempo. Mas concordo contigo: ajudam-nos a construir o presente.
Quando viajar no tempo for tão banal quanto viajar no presente, não quero perder a oportunidade de ir conhecer os factos históricos ao vivo.
Estou certo que nos vamos encontrar por lá Cristina.
;))
Por acaso, estou a ler um livro precisamente sobre esse tema: "O Mapa do Tempo", de Félix Palma. Não sei se conheces. Não é nenhuma obra literária e, na minha opinião, tem algumas fraquezas de enredo. Mas o autor tematiza de uma maneira muito interessante essa questão das viagens no tempo, com o escritor H. G. Wells "ao barulho".
Se viajares ao tempo de Afonso Henriques, encontras-me, sim ;)
E também gostava de ver Cristo ao vivo. Será que me entusiasmava, ou me desiludia?
Não li ainda esse livro, Cristina. Nem sabia da sua existência (um sinal de que viajamos em tempos diferentes) ;)))
Mas já li alguns sobre o assunto e devo dizer-te que cada um, apresenta uma tese diferente. Não é fácil imaginarmos o presente, se fosse possívil viajar ao passado, sobretudo tendo a possibilidade de interagir com quem viveu nessas épocas.
Pessoalmente, estou convicto que em determinadas épocas, certos factos ocorreram porque tiveream a interferência de alguém que viajou do futuro.
Mas, a minha mente é de certa forma delirante, o que lhe retira qualquer credibilidade.
;)))
Bem, não te fico muito atrás ;) Embora não acredite muito nisso, também já me perguntei se alguns fenómenos estranhos do passado se poderão explicar pela interferência de viajantes do futuro. Se essas viagens vierem a ser possíveis, é natural que haja viajantes do futuro, de vez em quando...
Existem factos relatados, por exemplo, no cerco ao castelo da cidade de Lisboa, na batalha de Aljubarrota, e muitos outros, relacionados também com os descobrimentos, ou com a ida de D. Sebastião para o norte de África que, mesmo descontando a fantasia religiosa da época, nos deixam na dúvida se não aconteceu realmente algo transcendente, tal como uma visita de alguém que conhecia antecipadamente os factos e o impacto que iriam ter no futuro se se desenrolassem de determinada forma.
Não sei se já leste alguma cosa de Fina D'Armada acerca de Fátima; segundo se afirma, foi a única historiadora e estudiosa do fenómeno das aparições, que teve acesso a determinados documentos da época que se encontram nos arquivos do Vaticano e que relatam os depoimentos de Lúcia que descreve Nossa Senhora como sendo uma menina envolta numa luminosidade intensa e trajando saia curta, etc.
A pergunta que me coloco, é precisamente relacionada com a questão da semelhança à modernidade. Porquê? Tratando-se de um ser Celestial!?
Cá venho continuar esta troca de comentários. É que estive uma semana sem internet e só agora li estas tuas interessantes palavras.
Näo me digas que houve viajantes do futuro no cerco ao castelo de Lisboa, quer já lá ir com eles ;)
Fora de brincadeiras: é interessante pôr essa hipótese para acontecimentos difíceis de explicar. Nunca li Fina D'Armada, mas essa versäo de Nossa Senhora trajando saia curta é simplesmente bombástica!
Nossa Senhora de Fátima uma viajante do tempo? Quem sabe...
Fina D'armada tem agora um novo livro que ainda não li, onde cruza as mensagens de Fátima com as predições de Nostradamus.
A questão é não termos meios que nos permitam espelizar os factos, alguns, que os historiadores admitem terem chegado aos nossos dias cobertos por uma capa de dessimulação e de especulação.
Ha dias vi o anúncio a um livro de uma historiadora que afirma, referindo-se à conhecida história de amor entre D. Pedro e D. Inês, que ele mantinha relações com um escudeiro jóvem e ela com um cavaleiro da corte.
Sabe-se que naquela época era "vulgar" os nobres terem esses tipos de comportamento, costume que vinha da antiga Grécia e que constituía uma honra para o escolhido do rei.
Bom, mas relativamente ao cerco de Lisboa, que como sabes foi duríssimo e recheado de acontecimentos, antes e depois da tomada do castelo, consta que em determinada noite, apareceu na tenda de D. Afonso, um ancião de longas barbas brancas, envergando uma túnica branca, envolto numa luminosidade que anunciou ao nosso Rei, o dia, o local e a hora em que deveria fazer o assalto às muralhas que lhe iriam permitar a conquista.
Foi?
Não foi?
Estou à espera que alguém invente a tal máquina e me queira dar boleia.
;)
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