Ondeia a erva verde em redor, como um mar.
Fá-la a força do vento, ondear.
Aqui e ali polvilha-se de flores brancas, amarelas e lilás.
E eu, despregar delas os meus olhos, não sou capaz.
Foram as bastantes chuvas e últimos sois
E foi a acção concertada dos dois
E foi a terra e foi o ar
Que lhes deram toda a força e todo o amor que há para dar.
Erva viçosa, brilhante, bem vivaz
Encanta-me, faz-me sentir ainda rapaz.
Convida-me insistentemente a rebolar,
A correr a rir e a saltar.
E penso, cismo e reflicto
Num único, importante e simples acto.
O de o Homem querer evoluir
Deixando o melhor, dele, fugir.
quinta-feira, 18 de abril de 2013
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4 comentários:
Já estava a estranhar a tua ausência!
O sol dá-nos algum ânimo, não é?
Abraço
É, Rosinha!
;)
Pena, é que seja so o Sol, ou melhor; que o ânimo que o sol nos dá, seja tão difícil de conservar, por termos à nossa volta, tantos motivos para desanimar.
Um abraço fraterno, Rosinha!
O sol dá ânimo. Mas um Inverno chuvoso também tem as suas vantagens: "Erva viçosa, brilhante, bem vivaz" ;)
Evoluir, sem deixar o melhor fugir - isso é que era ;)
Dá, concordo Cristina.
A chuva, dizia a minha avó; é a prata que nos vem do céu.
Mas, a melhor forma de evoluir que posso conceber, é aquela que não deixa de observar e de dar uso aos valores concisos, alicerçados na partilha do saber, da experiência e das posses de cada um.
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