terça-feira, 12 de março de 2013

Do nevoeiro que nos traga...

Pode causar-nos arrepios, ver um homem emergir do nevoeiro.
Constrange-nos, ver um homem imergir no nevoeiro e não termos o poder de "o" dissipar.

segunda-feira, 11 de março de 2013

tabuADA



Uma vêz um... hummm?
Não nos dá jeito algum.
Já basta o cinco contra um.
Quando estamos em jejum.

Uma vêz dois, conheceram-se.
Ele levou-a a jantar.
Beijaram-se ao luar,
E a meio da noite, comeram-se.

Uma vêz três, pegaram-se à porrada.
Foi por uma triste coincidência,
Andarem com a mesma namorada,
Numa total indecência.

Uma vêz quatro, seis.
Se lhe juntarmos mais dois.
Mas esta é uma das leis,
Que transforma os homens, em bois.

Uma vêz cinco, formigas,
Construiram um formigueiro.
Mas não foram em cantigas.
Nem chamaram o carreiro.

Uma vêz seis, viu o sete.
E apaixonou-se por ele.
A seis, chamava-se Odete.
O sete, chamava-se Manele

Uma vêz sete, meninas,
Filhas de boas famílias
Abriram demais as perninhas.
Inflamaram-se-lhes as virilhas.

Uma vêz oito, cinco.
Se lhe tirarmos os três.
Mas com isto, eu não brinco.
Já me tramei uma vêz.

Uma vêz nove, cabrões
Vieram para me assaltar
A um, pontapeei-lhe os colhões,
Dos outros, pus-me a cavar.

domingo, 10 de março de 2013

Nada

Como bom seria: de tudo, saber nada, e de nada querer saber.
Acordar todos os dias, com a luz do Sol ao nascer.
Beber a àgua das fontes, colher os frutos das árvores,
Correr por vales e montes, alimentar-me de amores.
E de tudo não saber nada, por nada de tudo me bastar.
E por  nada me saciar, e nada já possuir, nada desejar ter.