Não sei quem sou
Dizem-me que sou
Mas... na verdade
Não conheço de mim a qualidade
Não sei se sou
Dizem-me que sou
Mas... aquilo que julgo ser
Pouco, ou nada tem a ver
Não, não sou isso que me dizem
Sou algo mais que ainda não sei
Algo que busco dia-a-dia mais além
Algo que desconhece toda a lei
Nem sei se quero ver
A forma como me dizem ser
Sei que sou uma sucessão
Incompleto... mas não,
Não quero ser a negação
Nem ser, dos outros, afirmação!
Eu não sei quem quero ser...
Mas sei que serei, completo
Na incompletude ao nascer
Deste já velho arquétipo
sexta-feira, 12 de março de 2010
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20 comentários:
Às vezes também dizem coisas de mim que eu acho que não encaixam.
:)******
Eu sei quem quero ser
Mas não vou dizer
Por medo de não vir a ser
Aquilo que quero ser.
Olha que grande verdade!
Eu não sei o que sou...
mas queria ser outra realidade
conhecem-me outros a qualidade...
só que para uns sou "assim"
para outros sou "assado"
fico um pouco baralhada
e acabo a pensar
que sou tudo e nada! :)))
e fico aqui no teu pensamento
como se o ser tivesse seguimento
quando tudo que somos e não somos
de uma laranginha, vários gomos :)
e fica beijinho p`ra restinho de bom Domingo
Queridas Amigas, a Tales de Mileto, o filósofo jónio, marco da filosofia ocidental, atribuem os estudiosos investigadores a frase «Conhece-te a ti mesmo». Esta frase figurava em letras de ouro, na fachada do Templo de Apolo, deus da harmonia , no santuário de Delfos.
Platão, acrescentou-lhe por conta e risco, uma segunda parte, completando-a deste modo « Conhece-te a ti mesmo e conhecerás os Deuses e o Mundo»
Os Deuses e o Mundo, encontram-se contidos na nossa essência, na nossa alma e, a nossa alma é então o universo.
Conhecer-nos significa portanto, conhecer o universo.
Buscando dentro de nós, encontraremos então as respostas que nos conduzem ao conhecimento... de nós mesmo e por conseguinte, de tudo o resto.
A filosofia Egípcia e Indu, compara essa busca e esse encontro com o nosso "eu", ao processo de crescimento do lótus. Conforme vai crescendo o nosso conhecimento de nós mesmo, vamo-nos abrindo para o mundo, do mesmo modo que o lótus abre as suas pétalas em direção ao sol.
O conhecimento de nós mesmo, é então como um renascimento à medida que o nosso conhecimento pessoal aumenta, a máscara que nos iguala aos restantes serres humanos desfaz-se, despertando em nós o indivíduo que somos, ganhando assim a nossa liberdade pessoal.
Só poderemos ser verdadeiramente livres, quando conhecermos a nossa essência!
;)
Quando conseguirmos uma transformação da nossa consciência, quando atingirmos o iluminismo, então sim, estaremos a caminho dessa liberdade. De acordo com os ensinamentos hindus, esta transformação é chamada “iluminismo”, Jesus chamou-lhe “salvação” e Buda, “o fim do sofrimento”. Mas até lá chegar....
... vamos precisar de nos conhecer, cada dia mais um bocadinho, caminhando sempre no sentido do encontro com a nossa alma...
é isso, não é verdade Catarina?!
É isso, Bartolomeu...
;)
Acredita...tem sido o meu maior desafio...conhecer-me...e à medida que o tempo vai passando surpreendo-me comigo pelos mais variados motivos, umas veze de forma positiva, outras nem tanto. Mas uma coisa é certa, esta busca do conhecimento de mim própria, tem-me ajudado a compreender melhor os outros e ser mais tolerante e deixar de lado juízos e julgamentos em "praça pública" que abomino.Conhecer a essência do ser...nada mais enriquecedor.
Eu também continuo sem rumo, à procura nem sei de quê...
Mesmo sem rumo, voltei! :-))
Conheces bem Óbidos...terra linda e doce...
Abraço
E hoje só para dizer:
bom fim-de-semana, no acontecer!
e um beijinho para não esmorecer :)
Para além do poema belamente burilado, sempre me reservo na ideia de que o Homem (toda a Humanidade, afinal) é uma planta que sempre seca antes de amadurecer completamente.
abraços!
Bartolomeu
Primeiro que tudo o meu obrigado pelo cumentário, com o, que fizeste ao meu textículo no Sorumbático. É bom sabermos que há quem ainda nos leia e escreva a propósito.
Depois,o «Não sei quem quero ser». Sou mais prosa, mas, naturalmente, também leio poesia. Este teu poema, sobre cuja qualidade literária não me pronuncio porque não o sei fazer, tem, para mim, um significado profundo:
a procura de ti próprio. A procura que cada um deve fazer.
Ainda uma palavra sobre o inquilino do Palácio de Belém: uma besta. Afinal, duas, que poderão ser três: uma besta quadrada. Mas, é o que temos, ainda que eu não tivesse votado nele.
E se o senhor se recandidatar, também não votarei nele. Abrenúncio, t'esconjuro, satanás!!!! Porra!!!!
E, por último, um pedido... que também são... dois.
Vai ao meu blogue, sil us plau (sff em català vernáculo...) e passa a deixar lá cumentáriso, com o.
<abs
«umas veze de forma positiva, outras nem tanto»
Não me parece Sandra que as "formas menos positivas" que te surpreendem, o sejam efectivamente.
Muitos pontos de vista encontraríamos para avaliar esta matéria, no entanto, penso, que também elas, conduzem ao auto-conhecimento, tanto como as positivas.
Sabes Rosa?!
Sempre que visito Óbidos, perco-me pelas ruelas e, encontro sempre algo de novo.
Aqui entre nós... achas que a vila pode estar logo à entrada dum portal do tempo e sempre que passamos esse portal, mudamos de dimensão?
;)
I love you dear Rose!
Eu, como sou gulotão, retribuo o teu beijinho, com um beijão!!!
Um beijo bailador... sem peso... leve, leve, como os sonhos.
;)))
Agradeço o elogio, meu Amigo Tinta e... vou reflectir sobre o amadurecimento e o secamento da planta-homem.
Creia!
Olá Henrique!
É uma honra receber-te aqui no "Avançando".
É sempre fácil comentar os tex tículos de quem escreve bem.
;)
Para se escrever bem, é necessário por vezes, ter-se bons tex tículos, no sítio e negros, para que a leitura seja límpida e inequívoca, entendível.
;)))
Bartolomeu...ando com saudades de ler algo novo aqui. É que o que escreves é sempre uma agradável surpresa e ando a precisar de surpresas agradáveis.
Não é que tenha tido más surpresas ultimamente...mas apetece-me algo...e não é ferrero...algo como um post...dos daqui
:)
Um pedido assim... tão doce, torna-se irrecusável, Sandra.
Vamos ver se sai...
;)))
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