Hoje vou, onde o vento me levar
Vou deixar que ele me pegue
E que me leve... leve... leve
Que me leve, muito leve, pelo ar
E se o vento me quiser perder
Numa qualquer curva de monte
Que me perca, se quiser
Ou então que me deixe junto à fonte
Essa fonte cristalina que é teu olhar
Onde vou cada dia refrescar
Os meus lábios, os sentidos
Onde vou cada dia escutar os teus gemidos
E se tu te quiseres deixar levar
Peço ao vento para te juntar
A mim. E leves, leves, pelo ar
Partiremos abraçados a sonhar
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
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14 comentários:
Huumm...este Olá aqui me deixa desconfiar :)))
já anda muita gente por aí
pelo vento a bailar :))))
queres veres que isto pegou moda?
Se assim é vamos lá então
de mão dada, com coração
na simplicidade do vento
leve, muito leve o pensamento
e o sonho sempre a afagar...
mas cuidado com os temporais
que isto anda muito para os ais :))
Gostei da simplicidade...
um sentir a falar verdade!
A meu gosto, na realidade! :))
Pode ser tambem um "olá"... vamos bailar sem peso?!
;)
:))))))
Caro Bartolomeu
Um poema muito cândido!
Mas receio pelo meu amigo...pois deixar-se levar assim, é muito arriscado... e nem sempre o desconhecido é tão encantador! E já agora, porquê deixar-se levar pelo vento se tem a Passarola?! :))
Um Beijo
Bem lembrado minha amiga Phénix, não tivesse sucedido o caso de a "passarola" se ter despedaçado no meio das penhas de Montejunto.
Isto, claro está, segundo a versão de Saramago.
Mas... será que deixar-nos levar pelo desconhecido, é um risco acrescido?
Será que se nos movermos somente na garantia do conhecido, não perderemos a oportuidade de viver para além do que é material, a oportunidade de ultrapassar até o espiritual e alcançar o metafísico?
O desconhecido, é isso mesmo... desconhecido, mas ao mesmo tempo atractivo, mágico, enigmático.
Seja como for, parece-me que o mais razoável, é ser capaz de arriscar no desconhecido, sem perder de vista o conhecido.
;)))))))))
Um beijo minha amiga... GRANDE!!!
Ouço o vento lá fora...
Serás tu a passar já de mão dada com esse alguém idealizado ou não?
Saiu-te muito bem este poema!
Parabéns!
Abraço
;))))
Obrigado Rosinha!
O homem é um sonhador
E é tão grande o seu sonhar
Que chega mesmo a pensar
Que todo o seu sonho é amor
;))))))))))
Ai se o Fernando Pessoa lê isto...
;)))))
Diria que.... ventania boa!
De bons ventos é o que todos mais precisamos, minha Amiga May.
;))
Está aqui uma coisa misteriosaaaaaa.
Sem ter feito qualquer tipo de operação, mudei espontâneamente de sexo...
Passei a ser a Maria!
;))))
Eu e os computadores... definitivamente não nos entendemos... é uma relação amor-ódio.
Para Bartolomeu...
ou será para Maria?!
E ele(ela) foi...
O vento o(a) levou
Assim leve, leve pelo ar
A fonte o vento encontrou
E nela o(a) deixou ficar.
:) :)
Que honra Catarina, ofereceres-me um poema!!!
Não sei se já reparaste num pormenor engraçado, comum às lendas de mouras encantadas...?
Passaram-se na sua maioria, junto a fontes...
porque seria?
;))
Se a minha memória não me falha, as mouras encantadas eram lindas, dotadas de determinados poderes e eram incumbidas de guardar tesouros. Também seriam as guardadoras de fontes de água cristalina (onde também tesouros estariam escondidos) com a qual encantavam os mancebos forasteiros. Outras ficariam à espera do princípe que as iria desencantar...
Não creio que as adolescentes de hoje saibam da existência destas lendas ... Até as formas de sedução evoluiram drasticamente... Já não é com a água cristalina da fonte que se lá vai... : )
As adolescentes de hoje sabem de outras estorias, Catarina...
Trocaram a fonte cristalina pela discoteca e encantam os principes, com traços de cocaina.
Mudam-se os tempos... mudam-se os métudos, mas... os fins são os mesmos.
... ou não!
aquilo que sabemos é que tanto elas como eles... ficam agarrados...
;(
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