Quando o meu tempo findar
Não enterres o meu corpo
Entrega-o sim, mas ao mar
Sê do meu desejo arquétipo
Não quero que bichos o comam
Nem que a terra o desfaça
Quero que os fundos recolham
Os restos d'esta barcaça
Quero o seu descanso eterno
Entre as algas e corais
Como que ao ventre materno
Voltando pelos seus ais
Quando o meu tempo findar
Entrega-o naquela morada
Sem esquife ou cortejo a acompanhar
Só o corpo, nu, sem mais nada!
quarta-feira, 10 de dezembro de 2008
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18 comentários:
Mas que ideia é essa? Agora tens um aquário em casa?
Ah!!! É sinal de que estás atenta Leozinha...
;)))
Também eu queria!
mas parece que é proíbido, por isso guelras, não contes com elas
sorriso
pelo menos por enquanto
beijinho
'per'aí! mas tu queres que as guelras te nasçam depois de morto? nessa altura não terão grande utilidade... ;)
Não seria assim nada de muito extraordinário, Minucha... afinal, no início já as tivemos... perdemo-las depois, quando começámos a subir às árvores... pelo menos foi isto que o senhor Darwin nos disse, nã sê... nã tava lá...
;)))
Não sei fabulosa Fábula, imagina tu que no fundo do mar, nesse reino de fantasia, os mortos ganham uma animação... aquática...!? nesse caso as guelrras serão imprescindíveis, ou não?
Imagina que passa por mim uma sereia. Se não tiver guelrras fico ali meio embatocado a querer ganhar fôlego para lhe lançar um piropo, e, se não tiver guelrras, nem um assobiozito consigo emitir...
Na, guelrras minha amiga, eu quero um par de guelrras, troco um par de pulmões sem fumo nem miasmas, por um par de guelrras em bom estado de conservação.
;)))
Lindinho
poderás vir a tê-las, mas não nessa altura
beijinho
Estive a mirar-me ao espelho e... concluí que um par de guelrras até era capaz de me assentar bem.
;)))
Vou ponderar melhor o assunto Minucha.
Tão belas e despojadas as tuas pretenções... também eu gostava de ser lançada ao mar, mas já em pó, para facilitar a vida aos que vivem no mar, e acelerar o processo!
Gradecida pelo mail, todas as palavras que me lembram de onde venho e quem sou ajudam!
De quando em quando perco-te o rasto, será que tens andado a navegar, daí o desejo de ter guelras?! :-))
Abraço de uma Peixes de signo...
Obrigado, Bartolomeu
pelo comentário que deixaste nos 'bicharocos'.
Beijinho agradecido
Sabes Inês!?
Tenho uma teoria acerca dos despojos (lolol)
Acho um tanto patético, viver-se de diferentes formas, e permanecer-se para além da vida de forma igual.
Mesmo para os cépticos, é obvio que existe uma conecção entre os humanos e o cósmus. Se analisarmos com mais atenção, não é difícil percebermos que os astros, dependendo da sua posição no universo, influênciam os humanos em diferentes aspectos, quer físicos ou espirituais.
Ora bem, sendo isto uma evidência, parece-me tambem plausível que pelo menos aqueles nativos dos signos que pertencem ao elemento água, deveriam, se assim fosse a sua vontade, depois de vivos, voltar a ele.
Quécaxas?
Tal e qual como os do elemento terra seriam enterrados, os pertencentes a ar seriam atirados de um avião (pronto!estava a ver que não escrevias uma parvoice, Bartolomeu) e os de fogo, seriam cremados, evidentemente.
;))
Rosinha, querida amiga, aguçaste-me-me-te-me os sentidos, vou responder-te em verso, in the next post.
;))
Beijôco, cantado...
Clarinha... o mérito é-te devido.
Bis... bis... bis...
;)
Bartolomeu, e eu que sou gémeos? que vai ser feito de mim quando mim já não for mim?
Leo, dear, predigo que serás eternamente tu, em ti mesma.
Aquilo que serás depois, continuará no rumo do que és antes, o intervalo entre ambos é o que é, que, é bastante, é imensamente eterno.
;)))
Se os astros influenciam as marés e eu sou, em grande percentagem água, então sou como as marés... viva e morta, cheia e vazia... pelo signo solar, os meus restos mortais iam à água, o ascendente cremava-os, o oriental, pendura-os numa árvore (macaco, mas esta terceira hipótese é um pouco nojenta... fico-me pelas cinzas à água...
Existem locais no mundo, onde o macaco é considerado um animal sagrado. Nesses locais, não sei de que forma é considerado o homem. Se um animal mais, ou menos sagrado que o macaco.
Mas a tua escolha, de lançar as cinzas à água é interessante... quer dizer... desde que não enjoes. Não te esqueças que vais ficar muito tempo a flutuar e naquele moviemto de vai-e-vem, ao sabor das ondas.
;)))
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