quarta-feira, 30 de julho de 2008

Stolen Memories

Dedicado à minha amiga Silence do "http://wordsnever-tell-u.blogspot.com/" pelo seu post com o título plagiado.
;)
Sento-me ao piano e vou... recordando as imagens de uma vida.
Sinto a tua presença ao meu lado e de novo o aroma dos teus cabelos invade-me os sentidos, tão real e suave como quando nos sentávamos no nosso rochedo da praia olhando o mar imenso.
Fomos jovens e o nosso amor não conheceu limites temporais, somente os sentidos e as emoções governaram os nossos desejos e nem o espaço físico nos limitou. Quando nos amávamos fomos aves conquistando o espaço, fomos cavalos alados galopando o infinito, fomos estrelas que brilharam num universo privado.
Dizem-me esta casa vazia e os objectos empoeirados que já partiste ha muito...
Só eu sei que não é completamente verdade. Ainda te vejo sentada no terraço do jardim, lendo, ou de olhar perdido no espaço das memórias, ou poisado nos ramos das roseiras que carinhosamente continuo a tratar com desvelo para ti.
Fico muitos dias olhando para ti não me atrevendo a penetrar nesse teu mundo fantástico, respeitando a distância entre o teu espaço etéreo e o meu, material, mas tão irreal quanto o teu, tão inatingível para mim.
Queria poder voltar a tocar-te, a acariciar de novo o teu rosto o teu corpo, queria poder beijar-te outra vez, mais vezes, milhões de vezes... queria dar-te ainda e receber de ti a infinidade de beijos que ficaram por dar, queria poder voltar a ter-te nos meus braços...
Sento-me ao piano e vou... dedilhando uma saudosa melodia , um hino, uma prece acompanhada com um verso de Camões: E... se lá no assento etéreo onde subiste... memória desta vida se consente... pede a Deus, que teus anos encurtou... que tão cedo de cá me leve a ver-te, quão cedo de meus braços te levou...

8 comentários:

Silence disse...

Lindo!
Obrigada pela dedicatória, my friend. ;)

Mónica disse...

tou quase a chorar

Maria Arvore disse...

:)

Mas não sofras na terra eternamente. Até ela gostaria que fizesses uma decalcomania. :)

Anônimo disse...

Gosto tanto da tua escrita, Bartolomeu
fantástica, terna e neste preciso texto, sublime.

beijinho

Bartolomeu disse...

Eu sei k sou lindo, mas ké keu posso fazer? naci assim!
lololol
Não tens ke agradecer Silence, limitei-me a seguir a tua sensibilidade.
... my friend...

Bartolomeu disse...

Chora à tua vontade Mónica, eu sou sócio maioritário da "Renova", tenho lenços de papel a dar cum pau...
Mas... diz-me lá... aquilo que escrevi é tão mau ao ponto de te fazer chorar... ou estás a descascar cebolas enquanto lês?
;)))
Beijão miuda!!!

Bartolomeu disse...

hehehehe
Apanhei a ideia perfeitamente Maria e, se não seguisse já essa "linha editorial" (lololol) ia passar a seguir desde já.
Agora... com respeito a não se sofrer na terra... bom... acho que o único até hoje que conseguiu essa proeza com sucesso, foi o D. Afonso Henriques que desde a mãe aos mouros, passando pelo papa aviou "barqueirada" em toda a gente.
Abram alas ké de Guimarães... vai lá, vai!!!
Beijão árvorezinha cujo fruto é uma Maria!!!

Bartolomeu disse...

Minuchinha, este ano vou pedir um babete ao Pai Natal...
Sublime, querida amiga????
Tu vê lá o que escreves, olha que eu não quero ter os gajos da Sociedade Portuguesa de Autores à perna!!!
lololool
Agradeço-te os elogios e pago-te com este beijáço (a 1ª prestação)
Shmmmaaaaackk!!!