Senti de novo o poder da presença de Amélia e a majestosidade da sua figura, senti que ambos exerciam domínio sobre a minha vontade. Consegui dominar durante alguns momentos o impulso quase irresistível de me aproximar de si, de a beijar e de lhe dizer que sim, que queria ficar para sempre junto dela. Durante o tempo que aguardei silenciosamente, admirei Amélia. Envergava um fato de amazona, em veludo negro, debroado a cetim negro tambem. A saia-calça era comprida, de cintura subida, a jaqueta, curta e justa, abtoava com dois botões de prata, presa no lado esquerdo da jaqueta, cintilava uma discreta rosa constituída por pequenos diamantes.
O conjunto, conferia à sua figura uma elegância suprema e uma sensualidade que tornavam Amélia ainda mais irresistível.
Resolutamente, aproximei-me de Amélia e segurando-lhe na mão, declarei. - Estou ansioso por esse passeio na tua companhia.
Dirigimo-nos de mãos-dadas para o vestíbulo de entrada onde Jarbas nos aguardava segurando uma capa em veludo brick que colocou sobre os ombros de Amélia.
Saímos a porta do palacete e no largo onde dias antes havia estacionado o meu carro, encontrava-se um jovem que não conhecia ainda. Este jovem, segurava pela redea, numa das mãos, um bem composto cavalo branco de raça lusitana, enorme, calmo, majestoso, na outra mão, uma fugosa e inquieta égua branca tambem, ambos de longas crinas e de pelo reluzente.
Era de noite, de Este, elevava-se nos céus uma lua enorme, que projectava sobre nós toda a magia da sua luz prateada. Amélia dirigiu-se para a égua, enquanto saudava o moço que segurava os dois animais, apresentando-me e apresentando-o, o seu nome é Miguel, nasceu na propriedade e é ele que trata dos nossos cavalos. Segui Amélia e ajudei-a a montar. Logo que Amélia se instalou na sela, a égua instantâneamente, ficou parada e colocando a cabeça primorosamente, aguardou serenamente que Amélia lhe desse sinal para iniciar a marcha.
Em seguida dirigi-me ao outro animal e, colocando o pé no estribo impulsionei-me para sobre ele.
Amélia deu então ordem de marcha à sua égua e entrámos a passo por uma vereda que contornava o palacete pelo lado Oeste. Em seguida, atingimos uma zona arenosa de pinhal e então Amélia deu ordem de trote à sua égua e um pouco mais`adiante, de galope. Bastou que encostasse os calcanhares das botas à barriga do meu cavalo, para que imediatamente ele entrasse também num galope suave, mas pujante e harmonioso, segui Amélia que corria sem parecer importar-se se a seguia.
sábado, 26 de janeiro de 2008
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18 comentários:
Este episódio foi calmo. A manter o suspense. Que é veludo breack?
Breack é tijolo... penso eu que seja... em grego, ou em esperanto, logo... deve ser um eufemismo, ou então... não!
;))))
Um beijarinho Leo-darling!
Noite?? Foram andar a cavalo já de noite ?
Ai que agora me perdi no tempo ....
bartolo então para um pinhal em? que coisa mais decadete,quando era miudo recordo-me do famoso pinhal de coina, espero que nao seja para lá que a levaste
Pois muito bem. Um abração.
não é que as tuas estórias não sejam giras nem estejam repletas de sentido de humor (que o são e o estão), mas... para quando mais poesia? tenho saudades de ler-te... =)
Bartolomeu, como é que é? Nunca mais desces do cavalo? Ainda se te consolidam as ancas nessa posição e depois nunca mais consegues fechar as pernas. Tu mexe-te!
Olá BartÔ
Ando tão atrasada na leitura por aqui que tenho que começar a ler uns posts mais abaixo... senão fico sem perceber "nadica" de nada.
Vou tratar disso esta noite. Vou me didicar a te ler... serei só tua por uma noite.
Beijoquinhas e desculpa a ausência ...vou voltar
beijoquinhas
BF
E lá vai o cavalo à solta pelas margens...do teu sonho!
Faça como eu, monte legos, de vez em quando, e vai ver que a Amélia não vai querer outra coisa. É muito motivante e estimula a criatividade. Não é por acaso que se monta há 50 anos.
:D
Viva sô Dona Anabela, como está a senhora? Faço votos de que esteja bem! Pois sô dona Anabela, é tal como viu.. leu, a marquesa e o Bart, form cabalgar by night.
E num se procupe, não é a sô dona Anabela que esta perdida no tempo, posso garantir-lhe que é o par de cavalgaduras que se perdeu.. no tempo e no espaço.
;))
Pinhal dondi sô Sage? Coina? Dondé quisso fica?
Hmmm quer-me parecer que essas memórias do tempo de infância não são muito agradáveis, meu amigo Sage, para me aconselhar a não ir cavalgar pra lá...
;)))
Venha de lá esse abraço bom Popper de saller man.
Hmmm?
Ah, claro... a minha cabeça...O saller; era outro:::
;)))
Pes è sô dona Fàbela; agora estou numa "onda" de remanço; pode ser que a seguir entre numa de rimanço; bamos a ber
;)))
oh sô dona lLaonor:: intâo mêmagora massentei no animale; e a minha amiga jà a querer que eu desmonte?
Olhe, sinti agora mesmo a bontade de lhe dendicar um poiema...
Descalça vai prá fonti
Lenori pela bredura
Bai e bem fremoisa e insigura
Leba na... na... isso o dote
o texto escrito com caneta de prata
cinta num precisa pk fremesura num lhe falta
gostinho a chocolate
;)))))
Olá drinha Poila...
O teu atraso não é maior que o meu, ando muiiiiiito kalinas, vou-te contar...
uma vez que estas a pensar passar a noite comigo, vem cá, senta aqui ao pé de mim, vamos conversar.
Sabes, quando decidi criar o blog e postar coisas, optei pelo poema, apesar de me achar pouco dotado. No entanto não me preocupou esse aspecto, decidi escrever pelo gosto. Pouco a pouco foram aparecendo pessoas como tu, lindas, que com a sua simpatia me foram animando a continuar a escrever. Porém, devo confessar dois aspectos da minha escrita; escrevo de forma espotânea, não obdeço a qualquer critério, ou a tema fixo, por vezes, uma frase, uma música, um pensamento, despoletam a "inspiração" para escrever. Ultimamente, e não conheço o motivo, tenho sido cliente da preguiça e da ausência da inspiração para escrever poesia.
Por isso voltei-me para a prosa.
Presentemente, estou "encalhado" entre diferentes opções de continuidade da história da marquesa. A Leo, desafia-me a jogar entre a acção e o suspense, a Anabela sugere subtilmente que lhe dê um rumo de ficção, coisa ao jeito de viagem no tempo, o Sager, prefere que repita uma cena quente e sensual, lá no pinhal de Coina?, onde ele já foi muito feliz, digo eu...O Popper, acha que mantenha o estilo formal, a Fábula já está enjoada com tanta prosa e prefere que continue a estória em verso.
Resta-me esperar que tu, calmante papoila, leias os impios ódios e imprimas aqui a tua sugestão... depois, decidirei...
Ponho um DVD no leitor?
Não te consigo dar conselhos...
Tu és único na doideira (ainda me expulsas da tua casa). Eu que já estava a imaginar uma noite inteira aconchegada em teus braços e, em vez de ler, ouvir-te declamar a Amélia. Não me parece que tenha olhos doces.Gripe.
Continuando... acho que uma final sadomasoquista no pinhal não seria mau de todo :D :D
Você decide (onde é que eu já ouvi isto?!!!)
Beijinhos meu lindo
BF
Ah ah ah!!!
Ora aí está uma sugestão tentadora...
Se bem entendi a minha querida madrinha, sugere que transforma o Barto, em marques de Sade...
Vou equacionar.......
;)))))))))))))
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