Segui então o mordomo que me conduziu através de escadarias e longos corredores iluminados unicamente por escassos candelabros, intervalados por enormes telas a óleo, exibindo figuras de pessoas antigas, que deduzi serem antepassados da marquesa Amélia.
Chegados ao final de um dos corredores, Jarbas parou súbitamente em frente a uma porta de enormes dimensões e declarou abrindo a mesma: Este é o quarto destinado a V. Exª. se desejar algo, basta que accione a campaínha que se encontra ao lado da cama, bom repouso.
Entrei no quarto, era amplo, composto por mobiliário que parecia saído de uma sala de museu. Suspenso do tecto, um imenso candeeiro de 12 braços em latão antigo, as paredes forradas integralmente a tecido de damasco azul-escuro, salpicado de finas ramagens prateadas, o chão, em tabuado, apresentava-se coberto por uma enorme carpete persa de pelo alto, com motivos florais em tons grenat. Todo este conjunto, conferiam ao quarto uma atmosfera opressiva e de certo modo arrepiante. Entretanto, Jarbas fechara a porta atrás de mim.
De um lado do quarto, uma janela enorme, rasgada para a mesma paisagem que se admirava do largo onde o meu carro tinha ficado estacionado.
Na parede do fundo, outra porta dava acesso a um amplo vestíbulo onde, de um e outro lado se perfilávam dois enormes armários em mógno com portas trabalhadas exibindo figuras mitológicas gravadas em alto relevo.
Ao fundo do vestíbulo outra porta dava passagem para o quarto de banho. Imenso, todo revestido em pedra mármore rosa, com uma parede toda em espelho e uma banheira que lembrava uma piscina olímpica.
Senti então algum torpôr físico sinal de que efectivamente estáva a necessitar descansar um pouco. Despi-me, deitei-me e não me lembro de ter adormecido, acordei sonhando que ouvia uma voz longínqua, suavemente chamando o meu nome, Bartolomeu... Bartolomeu...
Aquele chamamento levemente encantantório, fez-me recuperar lentamente a lucidez, enquanto se tornava mais nítido e mais presente, Bartolomeu...
Abri os olhos...
sexta-feira, 11 de janeiro de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
11 comentários:
Bartolomeu, Vê lá se sei o que vais dizer a seguir às reticências: "primeiro um, depois o outro". Adivinhei???
De quem será aquela voz a chamar-te? Conta!
Abri os olhos e... fico à espera...
beijos e bom fim de semana
E... a Marquesa esperava de pé, impaciente que tu acordasses...para irem tomar le petit-déjeuner juntos!
Chamaste-me a atenção para um pormenor interessante Leozinha... pensando melhor no assunto... realmente, não me lembro nunca de acordar e abrir os 2 olhos em simultâneo.
Não sei se passa o mesmo com toda a gente. Será porque o nosso cérebro é composto por duas partes?
hmmm?
será? ou porque assim que dispertamos, colocamos imediatamente um olho no burro e outro no cigano?
Ah é verdade, não posso mencionar a palavra burro, encaminha logo para o burro da Branca Clara Alva dasNeves que não deixou ficar boas memórias.
lololololl
um beijáço Leozinha!!!
Olá minha querida Nadir, ha muito tempo que não sentia o prazer da tua visita.
Pois na minha modesta opinião, acho que fazes muitíssimo bem em manteres os dois olhos bem abertos, por vezes nem isso é suficiente para nos mantermos alerta e nos prevenirmos daqueles que à viva força nos querem violar o 3º olho. Andam por aí uns, que dizem pertencer ao governo, não passa um dia sem que nos tentem meter o dedo no 3º olho, devem pensar que somos galinhas e andam à procura dos ovos de ouro.
lolololol
Um gende beijo minha amiga Nadir!!!!
lolololol
Estava sim Rosinha!!!
Estava, mas não ficou por muito tempo em pé... doía-lhe as pernas, topas!?
Mas amanhã já vais saber porque é que ela se cansou de estar em pé.
Beijos Rosinha linda!!!!
Ás tantas, no meio desta brincadeira toda, ainda calha morar uma marquesa Amélia lá para Cascais, verdadeira e o Bartolomeu acaba a ir de grelha, acusado de difamação à aristocracia. Olha, que se lixe, conto que depois me vão visitar à pildra e que o director do estabelecimento me dê acesso ao pc, para continuar a escrever parvoíces.
Ás tantas, no meio desta brincadeira toda, ainda calha morar uma marquesa Amélia lá para Cascais, verdadeira e o Bartolomeu acaba a ir de grelha, acusado de difamação à aristocracia. Olha, que se lixe, conto que depois me vão visitar à pildra e que o director do estabelecimento me dê acesso ao pc, para continuar a escrever parvoíces.
Se no próximo episódio não houver chá com bicCOITOS, matamos a velha.
:>
"bicCOITOS"... :S
está bonito, está!
olhe sirva o chá mesmo com línguas de gato, que os biscoitos não me sairam bem.
:S
ahahahah
então vamos lá amiga Sirk, provar os biscoitos da marquesa, acompanhados por um cházinho aristocrático... de menta... sem mentir claro!!!
ahahahah
Postar um comentário