Espraiei o olhar pela planície alentejana
sentindo na pele a força da terra plana
enebriou-me o aroma que da terra emana
tentei resistir ao hipnotismo que me chama
A seara ondulante, dançou-me os sentidos
a sombra dos sobreiros, parados, adormecidos
convida-me a escutar os sons já esquecidos
chorando a memória perpétua daqueles já idos
E tu, impávida, esquecida do rolar circundo
poisas o teu olhar sonhador no horizonte
sorrindo da loucura humana lançada pelo mundo
debruças teu colo, fantástico na fresca fonte
Não te chegam os sons preocupantes
arautos da insensatez de um povo
para ti, nada muda, tal como d'antes
cada dia renasce, ao aprecer o sol de novo
Abandono-me assim, ao teu embalo,
desejo esquecer de e para onde vou,
esta angustia que a todo o esforço calo
este desassossego que quase me matou.
terça-feira, 17 de julho de 2007
Assinar:
Postar comentários (Atom)
24 comentários:
Bem...
Fiquei sem palavras...
Simplesmente... mergulhei nelas
Obrigado por tão belo momento de poesia
Um beijo bem aí(*)
...
Só por um momento, logo, logo, recupera-las.
Gostei de teres gostado.
Aceito o teu beijo e prolongo-o.
não me digas que te meteste a apreciar a paisagem e ias tendo um despiste! ;)
O poema está tão bonito e eu só penso em desassossegar-te. Não morreste daquele desassossego ias morrer deste. Mas eu vou contar até dez e conseguir portar-me bem e desta vez ainda te escapas.
1, 2, 3, 4,...
Não erraste por pouco Fabulosa Fábula.
:))))
Aqui o teu amigo é um condutor exímio. Pára para "beber" a paiságem.
Portanto, é integralmente respeitador dos avisos que se encontram nas estradas "se beber, não conduza"
:)) **
Leozinha desassossega-me à vontade, mas... não te esqueças do avental.
Ai aquele avental, que não me sai da ideia.
:))
**
Eu empresto-to. Também te deve ficar bem...
Aceito!
A mim, qualquer trapinho me fica bem.
Depois mostro-te.
Paisagem... força de terra plana. Seara dançante
Alentejo, nosso
Beijos
BF
É isso precisamente, linda Papoila.
Aquela planície tem a mística dos espaços sagrados na Terra.
:))))
pois... foi uma excelente descoberta... este teu espaco!
planicies de terra quente...
passar o olhar na tentativa de reter o maximo daquelas cores que se impregnam em mim...
gostei muito...
(a proposito... obrigado pela imaginacao do teu motoe :)) depois quem quer pode sempre leva-lo as costas...porque espaco nao deixaste muito, alem das rodas, volante e assento... rsrsrs)
voltarei...
beijos refrescantes
(esta um calor!!)
Felizmente, ha sempre mais espaços e gente para descobrir.Cada um, com a sua mensagem própria.Aquela "terra quente", não sendo única, é incomparávelmente bela e telúricamente forte.É uma satisfação, saber que gostaste Sinha.Pois... valorizei as ruodas, o assento e o bolante, omitindo propositadamente o depósito, por dois motivos essenciais: é que, ao preço a que a gasolina se encontra, vamos ter de empurrar a mota com os pés e para isso é bom que ela seja o mais leve possível, logo... o depósito só estorva.
:))))))
ora... depende do peso quem conduz...eheheh
foi um motoe simpatico!
um motoe de beijinhos para ti!
Sem dúvida Sinha, o peso e o rítmo da pedalada de quem conduz, são fundamentais, para que se atinja o destino pretendido.
:))))
Que bonita a foto! Fazia falta... a cor do desassossego.
Passando para te sorrir
Desejar uam noite serena
Um beijo te soprar e agora ...
Me ir
(*)
PS: Agradecendo o lindo poema com me me "presenteas-te"... um beijo :)))
Este é o meu por-do-sol privativo Maria Eduarda. Todos os dias tenho um diferente, assim como um nascer-do-sol, todos os dias diferente também. Ainda não te disse (acho que ainda não disse a ninguem) ha cerca de 10 anos li o Memorial do Convento e de tão hipnotizado que fiquei pela envolvência de Monte Junto, vendi a minha casa em Lisboa, comprei um terreno no cimo de um monte, mesmo de frente para Monte Junto, construí uma cazinha e mudei-me. Passei a ser dono do mundo, um mundo tão vasto quanto a vista consegue alcançar. Todas as manhãs sou acordado pelo chilrrear da passarada. Quando ando a lavrar com o meu tractor, eles andam sempre atrás de mim a catar os bichinhos que vão aparecendo com o revolver da terra. Quando me sento no jardim, lá estão eles na brincadeira à minha frente, como crianças num imenso recreio, livres, sem que nenhum perigo os ameaçe. Éste bucolismo campestre que me faz amar mais a vida. Um dia destes altero a imágem para o nascer do sol.
Um beijo, linda Momentos.
Poemas ainda são aqueles presentes que vou conseguindo oferecer com mais regularidade :)))
Agradeço a tua visita.
., . - . - , _ , .
.) ` - . .> ' `(
/ . . . .`\ . . \ Ofereço uma rosa
|. . . . . |. . .|
. \ . . . ./ . ./
.. `=(\ /.=` toda perfumada
.... `-;`.-'
......`)( ... , para aromatizar
....... || _.-'|
........|| \_,/o teu Fim de Semana...
........|| .*´¨)
¸.•´¸.•*... ¸.•*¨)
(¸.•´ (¸.•` *
*´¨) мιℓ вєιנoѕ♥*♥
¸.•´¸.•*... ¸.•*¨)
(¸.•´ (¸.•` **♥*♥
Belíssima rosa, é da espécie "Nadir"?
Qual será o aroma dela?
Desejo-te também um excelente fim de semana.
:))
Olá dono do mundo. Tens os teus nascer e pôr do Sol em Monte Junto e eu junto ao rio e ao mar. Com certeza diferentes e com certeza belos... também eu me sinto dona do mundo aqui, junto ao mar. Beijo.
Temos de pensar numa join venture, o que achas, Maria Eduarda?
SER livre......
Há quem pense q ser livre é uma condição.
Que liberdade é algo externo, dado.
Mas, ser livre, é uma opção.
Não se trata de algo q precisa ser conquistado.
Ser livre, é não se prender a simplesmente
O q esperam de vc.
Não se trata de permissão, obrigação.
É exercer um direito, essencial, do SER!
Marrie
Excelente poética definição de liberdade, Marrie.
:))
Gostei do teu blog, sensual e divertido.
Postar um comentário