sábado, 31 de março de 2007

Hoje

Hoje, vim aqui para escrever,
conversar com vossas mercês
e para deixar transparecer
alguns quês e seus porqês

Algumas manhas e deixas
uns truques e fantasistas.
Não vou maça-los com queixas
nem vou falar de conquistas.

Vou sim, falar de alquímia,
e da pedra filosofal
que transforma todo o dia
a vida num festival

Essa pedra é um tesouro
bem difícil de encontrar
Não tem preço, e vale ouro
mas não se pode comprar

Como já devem saber
falo de amor e paixão
Que nasce dentro do ser
em qualquer ocasião

Ha que procurar esse bem
Rebuscando sem cessar
e quando se encontre alguem
dá-se-lhe a pedra a guardar

quinta-feira, 29 de março de 2007

Ao Mundo Blogger

Lanço-me em amplexos vazios pelo mundo dos blog. Pretendo encaixar como peça de puzzle, num espaço, onde reconheça o reflexo de mim, dos meus pensamentos, das conclusões a que julgo ter chegado. Mas encontro a lógica do ilógico implantada nos conceitos que se pretendem ver entendidos pelos restantes viajantes. Extraordinário é perceber que nesses vazios amplexos, encontro espaços preenchidos com essências, com supremos momentos de entendimento mútuo. E então reflicto: A virtualidade compõe a realidade, a negação da concordância culmina como vértice de pirâmide com o desejo motivador de entender.

sexta-feira, 23 de março de 2007

Fabula...Fabulosa

Sete fadas me levaram
Suavemente num sonho
Em três lagos me banharam
Num ambiente risonho

Em nove bosques me sararam
Dançaram-me ao luar.
Dum sonho me acordaram
Profundo, feito mar

Depositaram-me no orvalho
Sobre violetas em molhos
À nona semana renascia.
Ao abrir os olhos,
numa manhã de poalho
Eras tu que eu via

Dei-me ao mundo com amor
Mas o mundo me tragou.
Dei-me a ti com alegria
Dei-me ao amor que te roubou.

Bebeste-me em cálices de pedra!

segunda-feira, 19 de março de 2007

ENCONTREI-TE!

Encontrei-te, saías de um beco escuro
Trazias na mão a vida inanimada
No peito arfante, um quadro duro
No olhar sombrio, uma vida acabada

Olhaste-me sem me ver
Arrastavas pelo chão
As tiras do teu sofrer
E nem me ouviste dizer
Que estava ali a minha mão
Que podia amparar o teu morrer

Mas de onde tu vinhas
Não se via a luz.
Não havia almas
Era sempre aquela cruz
O grito da dor que adivinhas
Só depois da noite te acalmas

E eu ali, na esquina
Entrego-te metade de mim
Para gastares como fumo
Em manhã de neblina
Ou para te dar novo rumo
Salvando-me ao teu fim

quinta-feira, 15 de março de 2007

Por vezes, quando olho fundo nos teus olhos,
consigo ver a tua alma.
Por vezes, quando falas dos teus sonhos,
Consigo sentir tanta calma.

Nem sempre, quando me falas de amor,
consigo sentir a paixão.
Por vezes, quando toco no teu peito,
Posso sentir-te o coração.

Às vezes, quando o teu corpo é demência,
consigo sentir o calor.
Por vezes é tão grande a tua ausência,
que não se desvanece o pavor.

Há dias, em que não consigo encontrar o sentido.
Por vezes só a fuga é a solução.
Há dias em que olhando para o infinito,
Consigo vislumbrar a razão.


Quando acordo em sobressalto
e sinto na cama quente
neste lugar ao meu lado,
o frio do teu corpo ausente.

terça-feira, 13 de março de 2007

Semi-plágio

Ser poeta, é ter alma e asas de condor
É pairar pelos céus eternamente
É olhar para os demais com amor
E ver no mundo o reflexo da própria gente

Ser poeta é ser mais alto
É ter da vida a ilusão do espaço
É abraçar o mundo num breve meato
E sonhar, infinitamente, um abraço

E é amar-te assim, perdidamente, eu
E não esperar do amor mais, que um momento
Ao desvendar sob a volúpia de um véu
O calor, a doçura, do teu corpo ardente

terça-feira, 6 de março de 2007

Sinto o vento, livre
Quando afaga o meu cabelo
Sussurrar o teu nome

Sinto que quando roça
O meu corpo, deixa ficar
O leve aroma do teu


Mas mesmo que estejas longe
Ainda que dentro de mim,
Serás sempre inesquecível

E se um dia resolveres
Dar-me a mão e olhare
O horizonte a meu lado


Vou provar-te
Com um olhar
Que o mundo
Não está acabado

sexta-feira, 2 de março de 2007

Aquele sonho à beira-mar

Tropeço na memória dos teus lábios
Quando eu e tu, deitados ao luar
Entrelaçávamos nossos dedos ávidos
E nos amávamos longamente à beira mar

As estrelas brilhantes, polvilhavam
Nossos corpos com sua luz de magia
O vento tocava-nos de mansinho
Bailava-nos, com seu cheiro a maresia

E nós, ternamente apaixonados
Jurámos um amor de fantasia
Votos em nossos corações guardados
Por tudo o que nos demos nesse dia