Na feira-livre do capaz
Correm pregões e pragas,
ralhos encrespados, pelo ar
“Vende-se menina e rapaz”
Para encher de gente as praças
E pôr este país, de novo a andar
Na feira-livre da insensatez
Acotovelam-se o brado, o fado,
o frio, o fogo e a paixão
Esmorece o desejo, da prenhez
de um colectivo meio atordoado
Que andrajos, arrasta pelo chão
Na feira-livre da esperança
Cerram-se dentes, sobem-se mangas
Lavra-se a terra, fazem-se filhos
Sustem-se de todos a temperança
Talham-se vestes, rasgam-se as tangas
Abrem-se de novo, futuros trilhos
Na feira-livre da verdade…
Olham-se os olhos com amor
Oferecem-se carinho e bondade
Dão-se as mãos da liberdade
Enfrenta-se o futuro, sem temor
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
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4 comentários:
Quem nos tempos que correm se aventura a escrever um hino destes? Só uma alma que não pára de olhar para diante e se chama Bartolomeu!
Tanquiú... tanquiú, mai diar frende!!!
;)))
Este "poema" (és munta convencido, Bartolomeu) veio a propósito de um post que foi colocado num blog que visito, o 4R, por uma senhora sensível aos problemas sociais.
Portanto... digamos que sou o pai e ela... a mãe.
;))))
Na feira-livre da blogosfera
Estou sempre à tua espera! :-))
Abraço
Um dia vou aí Rozinha... já que tu aqui não vens!
;)))))
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