sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Ano novo...

Acordou-me do doce torpor em que me achava, uma leve agitação na àgua a meu lado.
Abri os olhos e regressando à realidade do momento, vejo ao meu lado a figura quieta de Pelítia que, de olhar baixo,erguia as mãos em concha e derramava àgua do banho sobre o meu peito.
Olhei de imediato para Amélia, tentando adivinhar na sua expressão a definição que buscava para tudo o que se passava. Amélia não deixou que o seu olhar se encontrasse com o meu e fingindo-se distraída com a observação do seu rosto num pequeno espelho de poilette, mostrava-se alheada do que se passava à sua volta.
Sem me olhar, Pelítia começou então a passar levemente as suas níveas mãos sobre o meu peito, ombros, peito novamente, descendo em seguida até à cintura, enquanto curvava o tronco na minha direcção, apróximando assim o seu rosto do meu.
Amélia continuava entretida com o seu espelho, fingindo ainda não prestar atenção ao que se passava entre mim e Plítia.
Uns momentos após se deter na minha cintura, Pelítia avançou com brandura os seus dedos na direcção da minha zona pélvica, enquanto, encostando o seu rosto ao meu, apróximou a sua boca do meu pescoço.
Senti que de novo o meu membro ganhava volume e rijeza, Pelíntia, sentiu-o tambem subir e ganhar rijeza e segurou-o com mais determinação, começando a massaja-lo lenta, mas determinadamente.
Nesse momento senti uma ligeira picada no pescoço, e numa fracção de tempo recordei-me da sensação que tinha sentido anteriormente no pescoço, o que me fez afastar bruscamente de Pelítia.
Instantaneamente, Amélia soltou um grito de obediência a Pelítia que de imediato se sentou no chão da banheira, dobrando as pernas e cruzando os braços em redor do tronco, enquanto lançava um olhar de ódio à sua ama exibindo ainda dois dentes caninos proeminentes.
Disparou-me o coração num susto tremendo.
Amélia percebendo o meu estado de ansiedade e espanto, sossegou-me com um sorriso muito meigo, enquanto me dizia - Não te assustes Bartolomeu, não se passa nada de mal contigo, é que Pelítia por vezes perde um pouco a razão e esquece as minhas ordens, mas podes estar seguro, desde que estejas junto de mim, ela não se irá atrever.
Dizendo isto, Amélia levantou-se, enquanto fazia um sinal a Pelítia que se levantou também, saindo da banheira e colocando um amplo roupão em volta de Amélia.
Levantei-me também, ainda inseguro de todas aquelas estranhas atitudes.
Então Pelítia, sempre com o olhar colocado no chão apróximou-se, oferecendo-me também um roupão. Olhei Pelítia e de novo me sobressaltei, a sua túnica, tal como o seu corpo, encontravam-se completamente secos, como se nunca tivesse estado dentro de àgua. Fiquei imóvel olhando Amélia e Pelítia saindo de mão dada por uma outra porta em que ainda não tinha reparado. Enquanto caminhava, Amélia convidou-me a regressar ao meu quarto e vestir uma toilete que já me havia sido separada pelo mordomo.
Quando entrei no quarto, ainda hesitante, encontrei Jarbas prefilado a par de um cabide de pé alto, onde estava colocado um fato de montar.
Pensei comigo mesmo... esta gente está a gozar comigo, ou então estou dentro de um daqueles sonhos de onde não conseguimos saír, por mais vezes que se acorde.
Decidi dirigir-me então a Jarbas e com um sorriso provocador, indaguei - então Jarbas, hoje vai haver montaria? helooo... montaria, tás a ver?... caça ao javali... javali... porco, homem!
Sem perder a pose erecta e mantendo o seu ar fleumático de nobre inglês, Jarbas respondeu-me - A Senhora Marquesa Amélia, convida Vossa Excelência a acompanha-la num passeio a cavalo nos terrenos da propriedade.
Decidi voltar a provocar o mordomo, tentando exaspera-lo e criar uma brecha na sua atitude que me pudesse ajudar a compreender todo aquele enredo e lancei-lhe - Ena Jarbas, fartas-te de falar e nem te engasgas, andas a praticar algum tipo de exercício linguístico? hmmm? língua... exercício... coiso e tal... hmmm?
Fui brindado com a mudez fleumática de Jarbas que mantendo o olhar num infinito inexistente, fez questão de ignorar a minha pergunta jucosa.
Insisti na provocação e atirei-lhe - Olha lá Jarbas, descontrai homem, estás aí tão hirto, parece que engoliste um pau de vassora.
Nada!
Jarbas manteve-se imóvel e imperturbável...

8 comentários:

Anabela disse...

Ahh, agitação na água?! Aposto que por segundos achaste que a miuda se tinha "descuidado" :o)

... não se irá atrever.... mas é pena eheheh
Avança e bom fds

Bartolomeu disse...

lolol
pois Anabelinha... podia ser uma agitação aromática, mas desta vez não foi o caso, quem sabe... prá próxima ???
Beijos miuda, daqueles... shlaaap
;)))

lenor disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
lenor disse...

Bartolomeuzinho, está tão bom que fiquei sem fala: sou toda ouvidos.
(está de gritos!)

Carla disse...

O tempo tomou conta da minha vontade… corre veloz ao sabor do vento…
Contudo… mesmo num desejo rápido, estou aqui… nem que seja apenas para desejar um bom fim de semana.
E parto… de novo sem promessas, porque não sei quando me será permitido voltar, fica então a vontade de regressar, um dia destes quando o tempo permitir…
Que fique o meu beijo e que dure pelo momento de ausência no espaço de um até breve.
Nadir

Bartolomeu disse...

Boa dica Leozinha, tenho de arranjar forma de introduzir uns gritos na história...
heeehhee
só não sei ainda se vão ser gritos de dôr ou de prazer...
a ver vamos!!!
;)))))

Bartolomeu disse...

Nadir, querida amiga, sinto ciume desse tempo que monopoliza a tua querida presença.
mas, espero que o venças, um dia e te tornes intemporal.
Beijos Nad!!!

Rosa dos Ventos disse...

Eu já te avisei...
Olha que as vampiras são perigosas!