segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Momentos encantatórios

Acontecem momentos nas vidas de todos nós que nos causam sensações estranhas , momentos quase mágicos de tão exuberantemente belos que se nos apresentam.
Um raio de sol que atravessa a ramagem do arvoredo, quando percorremos calmamente um trilho de um bosque. O chilrear alegre da passarada que saltita irrequieta de ramo em ramo, transportando para o ninho o alimento necessário às crias. O murmurar constante das águas de um ribeiro que ora se espreguiçam cristalinas sobre os seixos do leito, ora se precipitam estrepitosamente entre rochedos. O riso de uma criança que brinca alegremente com uma bola, ou, curiosa, tenta tocar as asas coloridas de uma borboleta poisada sobre uma flor. A palavra; a palavra  franca e fraterna que nos é dirigida e nos faz reconhecer a amizade em quem nos a dirige.
E pensamos; perguntamos inúmeras vezes de nós para nós: de onde vêm os motivos que assim tornam esses momentos, onde se criam, e que caminhos percorrem até que toquem em nós, porque não se desviaram, porque não foram noutros sentidos e atingiram outros alvos?
Penso e reflicto: tudo nos vem da capacidade de amar, de ver o mundo no seu todo, e de quando conseguimos fazê-lo, à transparência de nós próprios.

6 comentários:

Rosa dos Ventos disse...

Fora os momentos encantatórios que não chegamos a captar por desatenção!
Belo texto, Bartô!

Abraço

Bartolomeu disse...

É verdade Rosinha.
Quantas vezes deixamos que nos passem ao lado momentos de rara beleza, porque na altura nos achamos desatentos, ou ocupados com assuntos que nos parecem ser de universal importância?!
Um abração minha Amiga E que bons ventos soprem por Ourem!

Olinda Melo disse...


Caro Bartolomeu

E este momento é um daqueles momentos encantatórios de que falas. Sinto-me privilegiada por ter aqui vindo e lido este teu texto que fala de coisas tão belas, que nos são oferecidas e que muitas vezes nos passam despercebidas.

Voltarei para ler os outros textos.

Abraço.

Olinda

Bartolomeu disse...

Olá Olinda!
A vida é feita deles, realmente e, como diz a nossa confrade Rosinha, são inumeráveis aqueles que nos passam ao lado porque estávamos distraídos, ou ocupados com assuntos que achávamos de universal importância.
Um abraço, minha Amiga!

Cristina Torrão disse...

"a palavra franca e fraterna" - ainda existe, Bartolomeu? Tenho sentido muito a sua falta, ultimamente...

Bartolomeu disse...

Então não existe, Cristina?!
E será fortalecida na razão directa de quanto maior for a crise económica que está a fertilizar o campo da divisão, pelo método da subtração.
Mas podes acreditar... estou sempre presente!
;)