quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Mentira, ou talvez não...

Para podermos construir uma ficção, precisamos de nos "socorrer" de elementos concretos e reais, dar-lhes um arranjo diferente, dispondo-os de forma a que, os nossos sentidos, possam construír com eles, uma nova imágem, a qual passará em dado momento, a substituir com a mesma veracidade, a imágem anterior, que deixou de ser real.
Assim, constroi-se uma mentira, ou uma nova realidade?

6 comentários:

Baila sem peso disse...

Depende do intuito dessa nova realidade...
detesto a mentira por si só!!
Claro que se faz um filme
se escreve um livro
se faz um teatro
com algo que na vida define
toda a realidade conjugada...
não é mentira, é a compilação
de elementos e mais elementos da vida,
que de uns e outros não se olvida
e é tão parecida...
mas daí, a fazer artimanhas ardilosas
histórinhas caprichosas
vai uma grande diferença...
esta é a minha crença!
huummm, penso que não será bem isto
que tu pões em causa meu amigo
talvez a ilusão que damos a nós próprios
de uma realidade que é diferente
daquela que queremos p`rá vida da gente...
mentira ou realidade estará no corpo da mente!!!

logo de manhã com pergunta inteligente?? :))))))
ainda bem que consegui vir agora
senão com soninho, voava a minha hora!!! ;)

Bartolomeu disse...

É tudo bastante subjectivo, é verdade. E, dependente do ponto de vista individual.
Aquilo que pensamos ser a realidade das nossas vidas... altera-se a cada momento, minha amiga Bailarina.
;)

Cristina Torrão disse...

Uma mentira é uma ficção que se dá ares de realidade.
Uma ficção, que se assume como ficção, é isso mesmo, não me parece que se possa chamá-la de mentira.

Uma mentira não será uma nova realidade, mas poderá dar azo a uma nova realidade.

Mas também depende do que entendemos por realidade...

Bartolomeu disse...

Agradecido pelo comentário.
Referia-me à construção da ficção, Cristina.
Mas... e o jogo de palavras, relativamente à essência do seu sentido?
Será uma mentira, ou também uma ficção?
E o pecado?
;)

Cristina Torrão disse...

Bem, eu, no fundo, concordo com a Baila sem peso, ou seja, por outras palavras:

Ao construir uma ficção, estamos de facto a criar uma mentira. Aos jogos de palavras, que se desviam da essência do seu sentido, também se pode chamar mentira. Mas trata-se de mentiras que se assumem como tal, como ficção. Não têm a ver com as mentiras que se criam com o intuito de enganar ou prejudicar alguém.

E fico-me por aqui, caro Bartolomeu, não me sinto vocacionada para opinar sobre o resto (pelo menos, no momento:)

Bartolomeu disse...

Concordo Cristina, até porque nem sempre a mentira construída tem como finalidade prejudicar alguém, pode simplesmente servir para proteger quem a fabrica.
Apesar de o conceito de mentira femenino, poder ser diferente do masculino.
Mas isso já é outra conversa...
;)