quarta-feira, 9 de setembro de 2015

À minha amiga Olinda... ;)


Lá vem D. Sebastião,
Com seu gibão esfarrapado,
A espada quebrada, na mão.
E o cavalo estrambelhado.

Vem para resgatar o país,
Deste estado de anemia,
Em que ninguém sabe o que diz,
Em que é grande a entropia.

Vem por entre o nevoeiro,
Num passo cambaleante,
Perguntando ao seu escudeiro:
Que país é aquele, adiante?

Responde-lhe o servo atento,
Com alguma hesitação:
Se for Portugal, como penso,
Reina lá grande confusão.

Que vês tu,  fiel servidor?
Pergunta D. Sebastião.
Vejo fome, desmando e dor.
Vejo enorme agitação!

Estás certo de ser o meu reino,
Que enxergas lá adiante?
Os montes e rios, são-no!
Mas tem muito mais meliante.

Dá a volta então meu bom aio,
À terra dos infieis, tornemos.
Antes que nos atinja um raio.
E a ser portugueses voltemos.

12 comentários:

Olinda Melo disse...


Sim senhor, Bartolomeu, um regresso em forma.
Um belo poema, com ritmo e rimas a preceito.
E o tema, actualíssimo! Até D.Sebastião dá
meia volta e emigra.O que vai ser de nós?

Meu amigo, fiquei sensibilizada com a dedicatória.
Não voltaste na Primavera mas valeu a pena esperar
pelo Outono.Dizem que é meia-estação, mas acho que
é uma estação completa.Também tem o seu encanto e
frutos e cores preciosos. :)

Muito obrigada.
Um grande abraço
Olinda

Bartolomeu disse...

Não me agradeças Olinda. Em nome da nossa amizade, mesmo que só virtual, devia-te, pela tua presença e motivação, este pequeníssima atenção.
;)

Olinda Melo disse...


Olá, Bartolomeu

Desejo-te um Natal abençoado,
e que o Ano de 2916 te traga
o que mais desejas.

Abraço
Olinda

Olinda Melo disse...


Rectifico: 2016!
:)))
Querias, não?

Abraço

Bartolomeu disse...

Agradeço duplamente, minha amiga Olinda: os belos votos e a profecia de chegar a 2916. ;) ;)
Desejo-te também um maravilhoso Natal e um 2016 (e seguintes) harmonioso.
Encontramo-nos daqui a novecentos anos, fica combinado!
;)

Catarina disse...

Ao fim de dois anos, regressas a versejar! Muito bem!
: )

Bartolomeu disse...

Não se trata de um regresso. Foi uma pequeníssima recaída, mas já recuperei.

SILO LÍRICO - Poemas, Contos, Crônicas e outros textos literários. disse...

Lá vem Dom Sebastião
Para tirar Portugal
Da crise que o pessoal
Pôs político ladrão?
Essa história eu não sei não!
Sei que a tua poesia
É linda e minha mania
É a de compor alguns versos.
E há vários universos
Políticos, hoje em dia!...

Bela postagem! Parabéns! Abraço cordial! Laerte.

SILO LÍRICO - Poemas, Contos, Crônicas e outros textos literários. disse...

Lá vem Dom Sebastião
Para tirar Portugal
Da crise que o pessoal
Pôs político ladrão?
Essa história eu não sei não!
Sei que a tua poesia
É linda e minha mania
É a de compor alguns versos.
E há vários universos
Políticos, hoje em dia!...

Bela postagem! Parabéns! Abraço cordial! Laerte.

SILO LÍRICO - Poemas, Contos, Crônicas e outros textos literários. disse...

Que nesta Páscoa, os ovos
Eclodam em alegria e luz
Ressuscitando Jesus
Como o grande Rei dos povos
Que trilham caminhos novos
De amor fraterno e da lei
Que ensinou esse Rei
Para se ter vida plena
Tanto na vida terrena
Ou eterna em mesma grei.

Abraço fraterno! Laerte.

SILO LÍRICO - Poemas, Contos, Crônicas e outros textos literários. disse...

Que nesta Páscoa, os ovos
Eclodam em alegria e luz
Ressuscitando Jesus
Como o grande Rei dos povos
Que trilham caminhos novos
De amor fraterno e da lei
Que ensinou esse Rei
Para se ter vida plena
Tanto na vida terrena
Ou eterna em mesma grei.

Feliz Pácoa! Abraço. Laerte.

Juvenal Nunes disse...

Poema de desalento e desilusão, a cuja verdade não nos podemos esquivar.
Afinal, parece que não é só o vírus que ainda não podemos debelar. É pena que o vírus não possa também prescrever, a exemplo de outras situações, que corroem a saúde económica dos portugueses.
Abraço solidário.
Juvenal Nunes