segunda-feira, 4 de julho de 2011

Os carros, ou... as pessoas...

Os carros são como as pessoas!

Perdoem-me se afirmo tão peremptoriamente esta semelhança mas, já se detiveram alguma vez a comparar os dois?

Não?

Então, convido-vos a fazer esse exercício:

Comecemos pelo aspecto, ou... pela fisionomia, como preferirmos...

Se olharmos com atenção e durante algum tempo, para a frente de um carro, começamos aos poucos a notar algumas semelhanças com um rosto humano, sobretudo se estivermos em frente de um modelo de carro mais antigo... tipo, anos 50, 60 ou 70. Assim, notamos que à semelhança dos olhos humanos, o carro possui posicionados em cada lado da "face", um farol, o qual cumpre a finalidade de lhe iluminar o caminho. Ao centro da mesma "face", o carro possui um nariz; a grelha por onde entra o ar que vai atravessar as alhetas do radiador que por sua vez arrefece o líquido que irá manter o motor a uma temperatura de funcionamento aconselhável. O mesmo sucede com os seres humanos, que inspiram o ar até aos pulmões e por sua vez, esse ar irá manter, entre outras funções, a da temperatura sanguínea.

Passemos agora ao funcionamento:

Tal como os seres humanos necessitam de se alimentar, para proporcionar ao organismo a energia suficiente para se manter activo e em funcionamento, também os carros necessitam de combustível para que o seu motor funcione. Mas, para que se dê início a esse funcionamento, tanto nos carros como nos humanos, é necessário que haja uma ignição. Nos humanos, essa ignição dá-se à nascença e na maioria dos casos, mantém-se até à morte. Porém acontecem excepções, quando a pessoa por algum motivos sofre de uma perda de sentidos, ou chega a perder por completo os sinais de vida. No primeiro caso, após alguns exercícios, ou de forma natural, a pessoa recobra os sentidos, no segundo, necessita que lhe apliquem o desfibrilhador para que se volte a dar a ignição e a actividade vital seja retomada. Passa-se o mesmo com os carros que possuem uma bateria e um motor de arranque, a primeira que acumula energia eléctrica que transmite ao segundo que por sua vez envia energia para a vela que emite uma faisca, a qual faz inflamar o combustível, o qual misturado com o ar admitido e pulverizado para dentro do cilindro, provoca uma explosão que empurra um piston, o qual, ligado a um êmbolo faz girar um veio em cuja extremidade se encontram rodas dentadas de uma engrenagem que ligada a uma caixa de velocidades e depois a dois veios acopulados às rodas dianteiras ou traseiras, colocam o carro em movimento.

A maior semelhança, contudo, verifica-se a nível de "modelos". Tal como se passa com os carros, também os seres humanos correspondem a modelos específicos; os pequenos e largos, os compridos e esguios, os rápidos, os lentos, os possantes que transportam mercadorias pesadas, os frágeis, os elegantes, os rústicos, os feios, os bonitos, etc.

Mas...(ou, e) tal como os carros, também os seres humanos cumprem a missão de percorrer estradas, auto-estradas, caminhos certos e incertos, becos, pontes túneis, cruzamentos, etc.

E ambos... ao sentir que é chegado o fim do tempo que lhes cabe, recordam com saudade essas estradas, esses caminhos que percorreram e... no caso dos carros, recordam os rostos que conheceram... no caso dos homens... recordam os carros que conduziram...

;))))))

És tão parvinho Bartolomeu... deves achar que tens muita gracinha, deves, deves!

4 comentários:

Cristina Torrão disse...

E, quando têm algum problema, o diagnóstico pode ser tão difícil num caso como no outro ;)

Infelizmente :(

Bartolomeu disse...

Bem observado Cristina!
Aliás, até nesse aspecto se nota uma grande semelhança quando consultamos o médico e quando levamos o carro à oficina. Tanto num caso como no outro, o médico e o mecânico proferem a frase sacramental: então, de que se queixa?
;)))))

Olinda Melo disse...

Já li tudinho, mon Maître! Agora é só assimilar...Mas digo, desde já, que concordo com muito do que aqui está escrito.Gostei da comparação.Aliás as máquinas dos carros ou os carros são feitos à nossa imagem e semelhança.Isto e todas as máquinas, o desenvolvimento tecnológico que nos tem envolvido, a inteligência artificial que tem por base as circunvoluções do nosso cérebro...

Meu amigo, estás perfeitamente à vontade com isto das peças dos carros...Estou em clara desvantagem.

Mas, voltarei.

:)

Abraço

Olinda

Bartolomeu disse...

Tens razão, Olinda; a semelhança nota-se em muitos outros tipos de máquinas.
Mas sabes? Esta semelhança, tanto fisionómica como de funcionamento, entre gente e carros, noto-a desde criança. Lembro-me de ainda muito pequeno, ter um dia ficado "especado" em frente a um carro estacionado na rua onde vivia e ver semelhanças demasiadamente inquietantes, com um rosto humano.
Aquela imágem da frente do carro, com os farois redondos a lembrar um par de olhos, a grelha cromada a lembrar um nariz e o para-choques cromado, com dois escudetes laterais a lembrar uma boca, nunca mais me abandonou.
Mais tarde, quando comecei a perceber melhor o funcionamento do motor, e de locomoção do veículo, as rodas macias mas resistentes, tal como a planta dos nossos pés, as suspensões, como os tendões das nossas pernas... então, não tive dúvidas; Deus criou-nos e nós, criámos o carro.
Não quero blasfemar, mas subsiste a dúvida se a finalidade da nossa criação tem alguma coisa a ver com a necessidade de ser criado o carro...
;))))