terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Sei, logo... busco o saber

Compreendo mal porque procuro conhecer, sempre para além daquilo que já conheço, considerando já conhecer tudo.

14 comentários:

Catarina disse...

Para mim, fico-me (porque é mais fácil).. “Quanto mais sei, mais sei que nada sei!” : )

Catarina disse...

Creio que ficaria melhor “Por mim” do que “Para mim”!!! : ) O que acha?! Ora, vejam bem, como aquela citação se aplica tão bem e tão de imediato! : )

Fenix disse...

Caro Bartolomeu
Confesso que fiquei baralhada!
"Se considera já conhecer tudo"(!!) porque procura conhecer para além daquilo que já conhece? Acho que a minha falta de discernimento para esta proposição talvez se deva a eu estar "aqui", porque estava com uma terrível insónia...

Bartolomeu disse...

Oh Catarina... o "Por mim" denuncia um modo de descolamento do contexto.
;))))
Prefiro o "Para mim"!
Mas olha, gostei da alegação final!
;)))))

Bartolomeu disse...

Olá Fenix!!!
Fizeste uma boa observação, mas... arrisco notar que talvez não tenhas lido tudo.
;)
Na verdade, tentamos sempre conhecer mais, mesmo quando ou, sobretudo se, (depende dos casos) possuímos já uma considerável soma de conhecimentos.
Em contrapartida e tomemos por exemplo um pastor. Um homem cuja existência tenha decorrido entre ovelhas, calcorreando os montes isolados da Serra da Estrela, entre penedos e estêvas, entre urzes e giestas, conhecendo o tempo pelos sinais, conhecendo o estado do rebanho pela forma como se desloca, como se alimenta e como bale.
Achas que esse homem, esse pastor, sente a premência do conhecimento?
Prometo que se voltar a encontrar um pastor, lhe vou colocar a questão!
;))))
Agradeço o teu comentário, Fénix!

Fenix disse...

Caro Bartolomeu
Adorei o bucolismo com que me demonstraste o que eu não tinha captado no teu post! À pergunta que me colocas "Achas que esse homem, esse pastor, sente a premência do conhecimento?" respondo: Talvez sim ou talvez não! Depende da "sede" de conhecimento de cada um...ou seja, se fosse eu o pastor, depois de ter um tal controlo da situação, ia ter tanto, mas tanto tempo para não fazer nada (enquanto o rebanho pastava) que certamente o meu espírito iria pedir "alimento" e aí se colava a questão da premência do conhecimento. Outro, que não eu, certamente aproveitava para "pastar"...

Bartolomeu disse...

Minha amiga Fénix,
Não sei se será esse o sentimento filosófico do pastor...
;)))
Na minha optica, "O" pastor, aproxima-se mais, na sua existência, do conceito Budista, Zen.
Ou seja: encontra-se num limbo entre o existencialismo e a ausência do tudo, porem, sem que o saiba, ou que para alcancer esse "estado", tenha feito algo.
Não achas maravilhoso?
;)))

Catarina disse...

Tenho estado a pensar: gostaria de ser pastora por um dia, passar umas boas horas sentada debaixo de um chaparro (há chaparros na Serra da Estrela?!) e enquanto o rebanho (um pequenininho para não dar muito trabalho...) pastasse eu dedicar-me-ia à contemplação.. meditação... pretendendo, desta forma, compreender a natureza a um nível pessoal... Talvez necessite de algumas dicas para tal empreendimento...

Bartolomeu disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Catarina disse...

Vou pensar..
Acompanhada de uma pessoa experiente na matéria é outra coisa...

Bartolomeu disse...

Tãobeim acho...

Bartolomeu disse...

1ª dica: compra as ovelhas!
;)))))
2ª dica: compra umas botas de qualidade
;))))
3ª dica: compra uma mochila e enche-a com alimentos pré-cozinhados. (podes alimentar o espírito, lá nos píncaros da serra mas... inevitávelmente vais ter de alimentar também o corpinho)
;))))
4ª dica: propõe-me sociedade no rebanho (já tenho alguma experiência, já possuí 2 rebanhos) só não sei fazer o queijo, de resto...
;)))))

Baila sem peso disse...

entre quatro paredes que me envolvem
se pensar no que conheço
depressa esmoreço
e as dúvidas e certezas me consomem :)
essas pastagens até qu` me envolvem
:)

Bartolomeu disse...

A pastágem, pode ser um mar
Se a erva fôr verde a ondular
N'ela se pode sem peso bailar
Se à noite reflectir o luar

;)