segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

Avalon

Visualizando o perfil da Treca, deparo com a sua preferência literária "The Mists of Avalon" de Marion Zimmer Bradley.
É da Avalon do Rei Artur, dos Cavaleiros da Távula Redonda, de Excalibur, Guinevére, Lancelote, Morgane e Merlin, que se trata.
Todos estes personagens movimentam-se num ambiente de magia, de intriga, de poder e de paixão. Como em todos os contos mágicos, o amor acaba por vencer todas as forças que lhe são adversas, mesmo que poderosas. De todos os personagens, é Merlin aquele que me seduz. Pela argúcia e a capacidade de promover o equilibrio entre os mundos e os poderes.
Também pertenço ao sígno Caranguejo, também me interesso por temas históricos que envolvam misticísmo. Em inglaterra, Stonehenge exerce sobre mim um forte fascínio, só conheço fotografias e descrições sobre este local. A este monumento megalítico, são atribuidos diversos significados, todos, habitando o reino do mistério.
Hoje, crê-se que Glastonbury, está edificada no local onde existiu a desaparecida Avalon. Esta, deve muito de seu mistério às lendas celtas que a consideram uma porta de passagem para outro nível de existência. Uma existência povoada de magia e amplitude espiritual. Também era chamada de "Ynis Vitrin" ou Ilha de Vidro, onde seres mágicos, isolados do mundo mortal, desfrutam a eternidade. O nome tem origem no semi-deus celta Avalloc.
Nos arredores de Glastonbury, encontra-se a colina de Tor - É a única colina numa região plana. São cerca de 500 metros de altura, tendo no cimo as ruínas da torre da igreja de St. Michael. O mais curioso é que suas encostas, vistas de lado ou de cima, lembram uma imensa espiral ou labirinto de três dimensões, conduzindo para o alto.
O nome "Tor" em Celta significa portal, passagem, muitos esotéricos acreditam que, no topo desta colina, fica a porta de entrada do nosso mundo para a antiga Avalon. A colina é também conhecida como "Montanha Mágica".

7 comentários:

Da Casa da Mathilde disse...

Venho agradeccer-te o comentário e dizer que vou iniciar essa viagem que me recomendas.
Passarei pela tua casa mais vezes.
Beijo

Bartolomeu disse...

Ha sempre uma altura na vida, em que se verifica a necessidade dessa viagem. Ela é tão necessária quanto o respirar. Se ela for adiada, aumentamos a distância que nos separa de nós mesmo. Perder-nos de nós, faz-nos sentir semelhantes a uma criança que se perde no meio de uma multidão, num centro comercial.
Boa viagem :)

sagher disse...

num mundo onde a magia não tem lugar, onde tudo é tecnico é bom visitar locais onde se cultiva a outra história. a história da lenda e do mito.

Unknown disse...

A mim é difícil dizer o que mais me fascina na mitologia celta, os livros de Marion Zimmer Bradley são o meu paraíso ficional, é pena que já tenha lido todos os seus livros e que a escritora já não possa escrever mais...
Para mim não são bem as personagens que me movem mas sim todo um certo ambiente de aceitação e de consciência superior que reina em toda a mitologia celta...
Há, provavelmente, uns 12 anos que devoro tudo o que está relacionado com este tema e, sei por experiência própria que tudo tem um significado muito pouco linear.
Para mim o Tor é o maior monumento de celebração da vida em comunhão com a natureza e Glastonbury é o local que mais fascínio exerce sobre mim.
Stonehenge não me diz absolutamente nada, é algo secundário e sem mistérios...

Estaria aqui toda a noite a falar-te da religião celta, dos seus dogmas, de actos que ainda hoje fazemos sem saber que são de origem celta... enfim, tornar-me-ia uma chata :)

Bartolomeu disse...

Neste mundo Sage, tudo se inter- relaciona, nada é finito, como Einstein nos revelou. Ha no entanto assuntos que teimamos em ignorar, ou desvalorizar. Mas a magia, ou seja, o inexplicável, é penso eu, a outra metade da laranja.

Bartolomeu disse...

Chata, nunca Treca.
Vem sempre bater-me com as palávras ao postigo, abri-lo-ei com todo o prazer.

Ana disse...

Avalon é uma palavra encantatória em si mesma. Temos uma série de ideias associadas a esta palavra - vibramos ao ouvi-la. Comigo, acontece.