terça-feira, 27 de abril de 2021

 Vivemos na era dos "alerta".

Nunca antes haviam surgido, vindos de todas as bandas, exibindo alguns, "certificado científico", tantos alertas sobre tantos e tão diferentes "perigos".

Antes, porque o conhecimento era menor e as comunicações mais demoradas, os cientistas menos e as tecnologias de ponta inexistentes, sabia-se por empirismo; uma ancestral(ciência) que conseguiu trazer o ser humano das cavernas às cidades.

Hoje, as máquinas, os computadores, as inteligências artificiais, os algoritmos e umas quantas inteligências sobredotadas, alertam-nos. Mas quais são os "alerta" ue tão prodigamente distribuem...?

Alertam-nos para o surgimento de graves conflitos armados, pandemias incontroláveis, para futuras carências de bens alimentares essenciais, para graves alterações climatéricas e consequentemente, para graves ocorrências de fenómenos meteorológicos e geológicos extremos. Alertam-nos para o aumento insuportável da temperatura do globo, para a destruição da camada protetora do ozono, para... a extinção das espécies que habitam o planeta.

E todos estes alertas terminam sempre com outro alerta extremamente preocupante: está nas mãos da humanidade, fazer tudo para inverter o sentido ascendente e crescente desta tenebrosa espiral. Alertam-nos portanto para a necessidade de  uma utopia coletiva.

Que podemos, os cidadãos conscientes e profundamente empenhados em fazer inverter o sentido e o crescimento da espiral demolidora? 

-Deixar de utilizar transportes privados (poluentes , mesmo os "ecológicos"). As alternativas serão a deslocação a pé (o único transporte privado inteiramente não-poluente.

-Passar a cultivar os alimentos que cada um necessita, sem recurso a pesticidas, fertilizantes, etc.

-Passar a confecionar os agasalhos recorrendo unicamente ao uso das fibras vegetais, sem a intervenção de qualquer equipamento mecânico, desde o cultivo até à manufaturação.

Ou seja: Alertam-nos de que deveremos voltar às cavernas mas, sem levarmos utensílios que consideramos ser necessários e julgamos não ser possível a vida sem eles.


-Abandonar a vida em sociedade, passar a viver isolados.


11 comentários:

lenor disse...

A seguir ao apocalipse logo se verá, não achas, Bartolomeu? Até lá, ora gemendo ora rindo.
:)

Bartolomeu disse...

É possível... para já, o que se vê é nada. Leozinha. ;)

lenor disse...

:)
Pronto, que me dizes a fazermos de 10 em 10 anos uma quarentena de dois anos como fizemos agora para o COVID?
Dois anos com o o turismo parado e os transportes a meio gás, já dava para recarregar as baterias da Natureza?

Bartolomeu disse...

A solução não está em "parar". Até porque os cientistas, os ecologistas, os opinistas e todos os outros "istas", não sabem também se parar o consumo durante 2, 20, 200 ou 2000 anos, reporia o equilíbrio entre o homem e a natureza.
A questão prende-se com uma rede que se foi estendendo sobre a humanidade e que a aprisiona e obriga a consumir aquilo que está a causar o risco do... apocalipse.
Não somos nós, humanidade que tem de parar mas sim, todo o sistema reprodutor natural, para que o artificial não tenha forma de resistir.

lenor disse...

Bartolomeu, a natureza não é equilibrada - um exemplo recente é o do tsunami na Indonésia.
Outro exemplo do desiquilibrio da natureza talvez seja o COVID, não sei?
O nosso planeta tal como o conhecemos, é a prova de que a natureza não é equilibrada.
Ao pé da natureza, o Homem até nem é muito desiquibibrado, pois até toma medidas de auto-controle - apesar de apenas o fazer quando já está com a pata na poça. Umas vezes tarde demais, outras vezes ainda a tempo.
Achas que podíamos voltar à Idade Média, a viajar de feira em feira, de carroça, e a morrer por umas doenças quaisquer, a morrer de fome quando o ano na agricultura era mau, a morrer muito novos ou ainda em crianças? Seria muito natural mas também seria muito desumano.

Bartolomeu disse...

Bom, hoje não nos deslocamos de carroça e continuamos a morrer de doenças e de fome, em todas as idades.
Mas não, idade média, não. Pelos motivos que enumeras, nem em qualquer outra "idade".

lenor disse...

Por exemplo, eu acho que o turismo no mundo inteiro é uma boa percentagem do total para o consumismo e poluição.
Devia haver regras, para cada cidadão do mundo consumir só x milhas em x anos. Por outro lado, os humanos não iriam aceitar tal porque era cortarem-lhes a liberdade.
Outra coisa, que faz muito mal ao planeta é a alimentação. Comeres em pleno inverno uvas da África do Sul, teres bananas de todos os cantos do mundo, carne e peixe idem, óleos alimentares, idem. E comer aos montes, no dia a dia, não é só ao fim de semana.
Etc.

lenor disse...

Para não falar na Amazónia. A Amazónia devia ser um país independente gerido por uma organização mundial para o ambiente e cada árvore que fosse cortada havia de ser um crime contra a humanidade, e serem castigados como tal.
Quer dizer, há muita coisa a fazer.
:)

Bartolomeu disse...

É ! Tudo isso são peças ínfimas de um puzzle enorme que só por si mesmo se soluciona.

lenor disse...

:)
Sim, são.
Fiquei contente por te ver, Bartolomeu.
:)

Bartolomeu disse...

Não mais que eu, por te rever. :)