quarta-feira, 25 de julho de 2012

Terra

Transporta-me até ti, um vento forte
Sussurra-me teu nome a brisa morna
De ti, nunca me separará a morte
A ti, todo o meu ser agora torna

Depende de ti, toda a existência
De ti nasce a seiva que me sustem
De ti, nunca eu sinto a ausência
Em ti, tudo nasce,  e se mantem

És imensa, protectora e forte
Dás, ralhas, castigas e amas
Em ti se joga, a vida e a sorte
Por ti se empunham e disparam armas

Compramos-te em partes, julgando-te nossa
Utópicos, loucos, querendo-te possuir
Mas tu, jóvem anciã, não admites posse
E nós de ti, não podemos transigir. 

7 comentários:

isabel disse...

Gostei muito :)*

Bartolomeu disse...

Agradeço, Isabel.
;)

Cristina Torrão disse...

"Compramos-te em partes, julgando-te nossa" - um verso que encerra a nossa grande ilusão.

Olinda Melo disse...

Caro amigo

Este poema transporta-nos para dentro de nós mesmos, para aquilo de temos de genuíno, de volta às origens. Tão belo e tão aparentemente simples, como só tu sabes fazer, escrever.

Desejo-te um bom domingo.

Grande abraço

Olinda

Bartolomeu disse...

É verdade, Cristina!
E são tantas, as ilusões que fazem com que nos mantenhamos numa rota ilusória, na qual não existe qualquer certeza que nos garanta se realmente existimos, ou se somos o produto de uma ilusão... mesmo que nossa.
Será que afinal, somos um ponto no universo, capaz unicamente de criar ilusões?!
Às tantas...
;))))

Bartolomeu disse...

Olá minha Amiga Olinda!
Fico feliz por te ver regressar, para mais, de Tiara. Será que as tuas férias decorrerar no Principado do Mónaco e a tua beleza sensibilizou de tal forma o principe, que não foi capaz de resistir ao impulso apaixonado de te coroar?!
;))))

Olinda Melo disse...

Meu amigo

Estas tuas palavras já de si formam um diadema de valor incalculável.

:))

Abraço

Olinda