segunda-feira, 28 de maio de 2012

E eu, o que tenho para dizer? ...Népia!

Saramago, o escritor, disse:
"Dentro de nós há uma coisa que não tem nome, essa coisa é o que somos".
Essa coisa que somos e não tem nome, gera-se dentro de nós e raras vezes se manifesta plenamente, por forma a que, do exterior, possa ser inteiramente entendível, reconhecível.
Porque, muitas vezes, em várias situações, não nos bastam os olhos e a capacidade de ver, para nos permitirmos entender aquilo que vimos.
David Mourão Ferreira, disse: Possuímos 5 sentidos; dois pares e meio de asas, por isso talvez, voemos tão desequilibrados.

7 comentários:

James Dillon disse...

Eu pessoalmente encontro-me em cíclica demanda para encontrar o que sou e quem sou, tendo perfeitamente noção do que eu sou em concordância com esta metafísica está inquestionavelmente longe do que realmente sou, persigo-me para me encontrar sem nunca ter nem um mero vislumbre, José Mário Branco perdido em risos ali ao fundo a sussurrar entupido de fumos, trinta e três voltinhas por minuto menino?, indubitavelmente, olho-me ao espelho e vejo-me mas não sou, digo sim quando penso não, mas será que eu diria talvez se não fosse moldado para dizer o que deveria dizer em concordância com quem sou, e o meu eu onde está?, dentro de mim um nada cerca o vazio onde ele se encerra e para quebrar a barreira ainda não percebi que rumo devo tomar, todavia ainda aqui estou, vivo, estarei?,


cumprimentos, peço desculpa pelo divague,

JD

Interessada disse...

A capacidade de ver não existe.
Ao julgares que tu ou outro têm essa capacidade, estás a partir do princípio de que a tua realidade é a "verdadeira" e única, o que é falso.
Nós nunca poderemos ser inteiramente compreendidos não só porque estamos em permanente construção e simultâneamente a interagir , como ainda porque não existe uma só realidade, mas múltiplas realidades.

Bartolomeu disse...

Iesse James! Déte is de cuétchan: tu bi ór nóte tu bi.
Bate de farste cuétchan de rili uane uí névar pat tu áuer selfe is: uai to be? jaste tu came antil de fainal acte?
;)))

Bartolomeu disse...

Múltiplas realidades...!
Interessada;
Talvez a necessidade de termos "uma" única realidade, que seja modelo aceite para todos e por todos, seja o entrave para compreendermos o mundo e as realidades alheias.
E como conjugar harmoniosamente as diferentes realidades?
O facto é que, apesar da diversidade de relidades, conseguimos coexistir, mesmo lutando, agredindo-nos, insultando-nos. E conseguimos, mesmo após uma grande agressão, socorrer-nos uns aos outros, o que me leva a suspeitar, que existe acima das nossas realidades, uma outra, coordenadora, estabilizadora, sei lá.

James Dillon disse...

(confuso coço a cabeça),

- Shakespeare anda cá se faz favor e ajuda-me que este fala por fonéticas,


(dois confusos a coçar a cabeça),


cumprimentos,
JD

Bartolomeu disse...

Perdão James...; tu, coças a cabeça, mas o Guillherme... certainly shakes the pear.
;)

Interessada disse...

Não sinto essa necessidade. Chega-me a realidade que sustenta a minha individualidade e contar com a dos outros.
Acautela-te com o irracional e transcendente, por muito sedutor que seja. São um convite a que te subordines ;)