quinta-feira, 19 de abril de 2012

O Sempre...!

Nasci cedo demais para ser futuro e, demasiadamente tarde para ser passado.
Quando eu morrer, o tempo se encarregará de me colocar no tempo certo. Onde o passado, o presente e o futuro, serão um só... O Sempre!

http://www.youtube.com/watch?v=7ewOw8v9fWs

;)

10 comentários:

Cristina Torrão disse...

Na eternidade, não há diferença entre um piscar de olhos e um milhão de anos.

Bem-vindo de volta!

Bartolomeu disse...

A eternidade, é uma ambiguídade que fascina o Homem, que o atrai e entedia, desde o início dos Tempos...
Imagina Cristina, que passeias por um prado florido, um sol radioso e uma brisa ténue acariciam-te a pele e fazem com que os teus sentidos desejem que aquele momento se possa tornar eterno... passados os primeiros momentos de pura magia, piscas os olhos e lembras-te do bulício cosmopolita que se encontra para lá desse prado, então, resolves calçar de novo as sapatilhas, afivelar uma expressão de descontentamento e, regressar, deixando para trás esse prado fantásticamente parado no tempo...
;))

Olinda Melo disse...

Ah, o tempo!

Devemos situá-lo, compartimentá-lo ou deixá-lo à solta no chão de nenhures, não lhe dar a importância que ele requer de nós, não deixar que ele nos faça reféns ou não aproveitá-lo para nada? A este respeito diz-nos o nosso amigo, Álvaro de Campos:

'Aproveitar o tempo!
Ah, deixem-me não aproveitar nada!
Nem tempo, nem ser, nem memórias de tempo ou de ser!...
Deixem-me ser uma folha de árvore, titilada por brisa,
A poeira de uma estrada involuntária e sozinha,
O vinco deixado na estrada pelas rodas enquanto não vêm outras,
O pião do garoto, que vai a parar,
E oscila, no mesmo movimento que o da alma,
E cai, como caem os deuses, no chão do Destino.'

Grande abraço, Bartolomeu.

Bom fim de semana.

Olinda

Bartolomeu disse...

Eu, prefiro esqueçe-lo, Olinda, ao ponto de fazer com que deixe de existir...
;)))

James Dillon disse...

Trilhava e caí aqui assim meio como quem procura a cauda, e vi o risco que cometes, na loucura de pensar nas areias que caem inexoravelmente na ampulheta, foge e não penses naquilo que te arrastará para um caleidoscópio sem tecto, mesmo quando me procuram com aquele ar de quem quer meter conversa inócua,
- então e este tempo? - eu corro feito desalmado, mesmo tendo perfeito noção de que o conceito é diferente, mas não quero irritar qualquer entidade adormecida.
Divago como é típico, mas temo-o pelo seu cariz irredutível e finito, temo-o porque é absoluto e subjectivo, absoluto pois todos caminhamos rio acima, mas a corrente, inexoravelmente, leva-nos rumo a Dante, subjectivo pois mescla-se com os sentidos somente para contrariar, agarro uma panela a ferver e um mero grão de areia parecem anos, estou perdido a deitar conversa fora com quem gosto e anos parecem piscar de olhos marotos.

Peço desculpa pela intromissão.

Bartolomeu disse...

Olá James!
Também gosto de metáforas; não tanto pelo exercício mental, mas porque encerram o truque de enganar o tempo.
Talvez por isso, o acaso tenha proporcionado que nos encontrássemos, por aqui... talvez tenhamos algo para dizer um, ao outro...
;)

James Dillon disse...

se existe, na falta de melhor expressão, coisa com a qual ainda me delicio, é um bom fim de dia, ou início quando me sinto rebelde de espírito a deitar conversa fora pela janela como se nada mais importasse (e contas feitas não interessa)com conhecidos, desconhecidos e outros que saltam para as ruas onde eu passo.

Acredito em muita coisa, ainda mais em coisas que pretendo não acreditar, mas no acaso não, ainda não pelo menos.

Cumprimentos.

Bartolomeu disse...

Olá James!
Sobretudo, acredito que acreditas ;) no uso das palavras e no efeito que o seu poder causa.
Quanto à "rebeldia" matinal, também eu me delicio com ela, quando chega; voluptuosa, insinuante e me leva inebriado numa simbiose alucinante entre teclas e raciocínios, reflexões e redações, por esse mar internautico fora.
;)

George Sand disse...

Quase nunca há tempos certos.
O tempo certo é como um passo de dança...ou adianta, ou retrai.
às vezes a sinfonia acontece. São os breves instantes de um sopro, e depois, resta-te planar por cima do eterno. Reconstruindo-o.

Bartolomeu disse...

É verdade George, excepto quando o Jacques Brel dança uma valsa a lil tempos...
;)))